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O presidente do Uruguai, José Mujica, afirmou neste domingo que a governante coalizão de esquerda Frente Ampla (FA), que o levou ao poder em 2010, ganhará as eleições do próximo mês de outubro e que o "desafio" é manter a maioria parlamentar.

"A luta está cifrada não em quem ganhará, mas em conseguir a maioria parlamentar", disse Mujica à rádio "Monte Carlo" de Montevidéu.

Em referência ao resultado das últimas enquetes que mostram pela primeira vez a oposição acima da FA nas intenções de voto, o líder disse que ele "não seria presidente" se tivesse "ligado" para as pesquisas.

"Eu sou presidente porque tive a ousadia de desafiar o mundo das enquetes e dos comentários políticos", comentou.

As enquetes "devem ser levadas em conta", mas "não podemos nos guiar por elas", enfatizou Mujica.

Segundo várias consultas de opinião publica divulgadas no último mês, se as eleições fossem agora a Frente Ampla teria o apoio de 44% da população, seguida pelo Partido Nacional (30%), o Partido Colorado (17%) e o Partido Independente (2%).

O analista Luis González, diretor da empresa Número, uma das principais pesquisadoras do país, declarou recentemente que o cenário "mais provável" é que o pré-candidato da Frente Ampla, o ex-presidente Tabaré Vázquez (2005-2010), "volte a ser presidente, mas sem maioria parlamentar".

Vázquez, socialista, de 74 anos, foi o primeiro presidente de esquerda na história do Uruguai e entregou a faixa presidencial a Mujica, de 78 e ex-líder guerrilheiro Tupamaro.

A FA tem atualmente maioria tanto no Senado como na Câmara de Deputados.

Os uruguaios elegerão os candidatos presidenciais no próximo dia 1º de junho em eleições internas e simultâneas de todos os partidos e sem voto obrigatório.

As eleições gerais acontecerão no dia 26 de outubro, com voto obrigatório, e, se for necessário, um segundo turno acontecerá em 30 de novembro.

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