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Uma mulher que criou como sua uma menina que desapareceu quando recém-nascida em um hospital do Harlem (Nova York), em 1987, confessou o sequestro do bebê, segundo documentos judiciais divulgados na segunda-feira.

Ann Pettway admitiu ter tirado a vítima do hospital do Harlem para criá-la em Connecticut, e disse que ninguém tentou impedi-la, segundo a queixa criminal apresentada à corte federal de Manhattan.

Pettway disse a investigadores que na época lidava com o estresse de sucessivos abortos. "Ela está bastante chateada", disse Robert Baum, advogado da acusada. "Ela entende a gravidade das acusações."

A mulher se entregou às autoridades no domingo, e deve comparecer ainda na segunda-feira ao tribunal. Os investigadores começaram a suspeitar dela desde que surgiu a notícia, na semana passada, de que a vítima do crime, Carlina White, havia reencontrado sua família verdadeira, depois de ser criada por Pettway.

A polícia diz que em 1987 a mãe de Carlina, Joy White, havia acabado de dar à luz quando entregou a menina a uma mulher vestida de enfermeira. O bebê não voltou a ser visto.

Alheia à sua verdadeira identidade, White, de 23 anos, foi criada com o nome de Nejdra Nance, com a família Pettway, em Bridgeport, cerca de 70 quilômetros a leste da casa dos pais biológicos.

Carlina começou a suspeitar que não era filha biológica do casal que a criou, porque estes se recusavam a entregar-lhe sua certidão de nascimento e seu número da seguridade social.

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