Milhares de jordanianos participaram ontem de um protesto convocado pela Irmandade Muçulmana no centro da capital Amã. Os manifestantes exigiram reformas políticas no país rumo à democracia. Na quinta-feira, em uma aparente tentativa de evitar o protesto, o rei Abdullah II dissolveu o Parlamento e convocou eleições antecipadas. "Nós exigimos uma verdadeira reforma constitucional que dê poder ao povo jordaniano", disse Hammam Said, líder da Irmandade Muçulmana, aos manifestantes. "Não participaremos das eleições, pois exigimos governos parlamentares e um Parlamento real."
O ato começou ao fim da oração muçulmana do meio-dia, sob fortes medidas de segurança. Os manifestantes estimados em 15 mil se reuniram diante da Grande Mesquita Hosseini de Amã. Não há relatos de confronto. A polícia jordaniana chegou a afirmar que evitou um ataque aos manifestantes ao prender oito jovens armados em um ônibus que seguia para o centro da cidade.
O reino enfrenta, desde janeiro de 2011, manifestações regulares, por reformas políticas e econômicas. A Constituição prevê eleições a cada quatro anos, mas eleições antecipadas, boicotadas pelos islâmicos, foram organizadas em 2010, depois da última dissolução do Parlamento. Para convencer os islâmicos a participar das próximas eleições, a lei eleitoral foi modificada em junho passado.
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