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Vista geral dos milhares de manifestantes pela democracia | Alex Hofford/Efe
Vista geral dos milhares de manifestantes pela democracia| Foto: Alex Hofford/Efe

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Críticos acusam governo da China de não aceitar candidatos locais

Pequim é acusada de não respeitar o princípio de "um país, dois sistemas" sob o qual Hong Kong tem permissão para controlar a maior parte de seus próprios assuntos. Os líderes chineses prometeram que os cidadãos de Hong Kong poderão votar no governador da cidade até 2017. Por outro lado, o governo central chinês tem rejeitado pedidos para que a população indique candidatos.

Leung, o governador da cidade, tentou aliviar as tensões, dizendo em discurso que fará "tudo o que puder para conseguir um consenso" sobre a implementação do sufrágio universal. Mas o governo divulgou, posteriormente, um comunicado dizendo que é improvável que a nomeação de pessoas indicadas pela população seja permitida porque se trata de uma questão "altamente controversa" do ponto de vista legal.

Após 17 anos desde que retomou o controle de Hong Kong, a China enfrentou o maior desafio à sua autoridade ontem, quando dezenas de milhares de habitantes do arquipélago participaram de uma manifestação pedindo democracia.

A irritação com a China continental aumentou depois de Pequim ter afirmado, recentemente, que detém a autoridade máxima sobre o enclave capitalista, apesar das promessas de permitir um alto grau de autonomia após o fim do governo britânico e da devolução do território aos chineses, em 1997.

Segundo a polícia, no máximo 98.600 pessoas participaram do protesto, enquanto os organizadores estimam que foram 510 mil manifestantes. A expectativa era superar os 500 mil que compareceram a um ato em 2003, na maior demonstração já realizada na cidade, num protesto contra uma proposta de lei relativa à defesa da segurança do Estado, que acabou caindo.

A multidão marchou de forma pacífica levando faixas e pôsteres pedindo democracia e tomando metade de uma ampla avenida debaixo de um sol escaldante e de chuvas ocasionais em meio aos arranha-céus do bairro financeiro.

Milhares de policiais observaram a passagem dos manifestantes.

Referendo

O protesto ocorreu di­­as depois de cerca de 800 mil moradores terem votado num referendo informal cujo objetivo foi estimular o apoio para a democracia. Pequim considerou o referendo uma farsa política.

1º de julho é um feriado que lembra a entrega de Hong Kong para Pequim em 1997, mas virou um dia de protestos. Neste ano, as manifestações foram contra um documento que limita a autonomia de Hong Kong pelo governo central.

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