Islamabad O ditador paquistanês, Pervez Musharraf, deve deixar amanhã a chefia do Exército paquistanês e ser nomeado presidente civil, informou ontem um porta-voz militar.
"Ele será nomeado presidente civil provavelmente na quinta-feira, e deve deixar o posto de chefe das Forças Armadas na véspera", afirmou o general Waheed Arshad.
Autoridades civis fizeram apelos para que Musharraf renuncie à chefia do Exército, uma das principais exigências da oposição para que não boicote o pleito marcado para 8 de janeiro. No entanto, as declarações são o primeiro anúncio que estabelece uma data para a renúncia.
Os ex-primeiros-ministros Benazir Bhutto e Nawaz Sharif registraram-se para as eleições parlamentares de 8 de janeiro no Paquistão. Tanto Sharif quanto Bhutto ameaçaram boicotar o pleito, que foi marcado com o país ainda sob o estado de emergência decretado em 3 de novembro, quando Musharraf suspendeu a Constituição alegando o aumento da violência extremista e a ingerência dos juízes na política do governo.
No entanto, Sharif afirmou posteriormente que decidiu se inscrever para manter "todas as opções em aberto. O ex-premier, que foi expulso do país após o golpe de Estado de Musharraf, em 1999, registrou-se em Lahore sua cidade natal e base política em um ato seguido por partidários.
Já Bhutto, que voltou ao país em outubro último, quase oito anos depois de um auto-exílio, inscreveu-se nas eleições na cidade onde nasceu, Larkana, ao sul da Província de Sindh. A Comissão Eleitoral revisará as candidaturas entre hoje e o dia 3 de dezembro.
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