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As autoridades do Paquistão proibiram o ex-presidente Pervez Musharraf de deixar o país devido a seu envolvimento em vários casos judiciais, informou neste sábado a imprensa local.

Segundo as redes de televisão "Express" e "Geo", a Agência de Investigação Federal incluiu o nome do ex-general na Lista de Controle de Saídas e emitiu uma circular a respeito nos aeroportos paquistaneses.

Nesta sexta-feira (29), um tribunal da cidade de Karachi já tinha ordenado a Musharraf pedir permissão caso tivesse que sair do país asiático durante uma audiência na qual ampliou por três semanas seu período de liberdade sob fiança.

O ex-presidente enfrenta casos relativos à sua gestão nos quase nove anos que esteve no poder após dar um golpe de Estado em 1999, quando era chefe do Exército.

Musharraf é acusado de não proporcionar suficiente proteção à ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, que faleceu em um atentado terrorista em 2007; da destituição inconstitucional de juízes do Tribunal Supremo naquele mesmo ano e do assassinato do líder independentista baluchista Nawab Akbar Bugti em 2005.

O ex-general deixou a presidência em agosto de 2008 antes de o Parlamento iniciar um processo de impeachment contra ele e meses depois deixou o Paquistão para iniciar um exílio voluntário de quatro anos nos quais viveu entre Londres e Dubai.

No último domingo, Musharraf pôs fim a este exílio e desembarcou em Karachi com o objetivo de participar das eleições legislativas do dia 11 de maio, às quais concorrerá como líder da Liga Muçulmana de Todo o Paquistão, um partido criado em torno de sua imagem.

Durante sua ausência, os tribunais paquistaneses emitiram várias ordens de prisão contra o ex-governante e solicitaram a intervenção da Interpol, mas a polícia internacional nunca se envolveu no assunto.

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