• Carregando...

Localizada próxima à junção das placas tectônicas da África e da Eurásia, a Itália é entrecortada por um emaranhado de falhas geológicas e, por isso, está sujeita a uma atividade sísmica cíclica.

Embora abalos secundários sejam normais após um grande tremor como o da semana passada, os terremotos desta semana podem ter sido causados pelo rompimento de uma nova falha, diz Lucas Vieira Barros, chefe do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília. Isso porque, segundo ele, em geral estes abalos secundários são pelo menos 1,2 grau na escala Richter mais fracos do que os terremotos principais, o que não aconteceu neste caso. Na semana passada, a Itália foi sacudida por um tremor de 6 graus e, na segunda-feira (28), novos sismos, de magnitude de 5,8 e 5,6 graus, atingiram o país.

"Via de regra, os abalos secundários estão relacionados com o terremoto principal, mas normalmente não têm uma magnitude tão próxima do maior", explica. "Por isso, pode ser que mais de uma falha esteja se rompendo, já que lá temos um emaranhado delas."

Barros explica que os terremotos na região são causados pelo alívio da tensão acumulada entre as placas africana e eurasiana. Periodicamente, estas duas placas e outras menores deslizam ou se chocam, liberando grandes quantidades de energia. Este processo, no entanto, não acontece todo de uma vez, o que provoca os abalos secundários.

"Quando uma falha desliza e se rompe, a magnitude do terremoto vai depender do tamanho da área de rompimento e do deslizamento", lembra Barros. "Mas quando uma placa se movimenta, isso não quer dizer que ela se acomodou de uma vez por todas. Uma falha pode se quebrar apenas em parte, e isso exige acomodações posteriores, que são os chamados abalos secundários."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]