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A oposição nacionalista da Turquia rejeitou uma coalizão com o partido governista AK e se recusou a apoiar um governo de minoria nesta segunda-feira (17), complicando ainda mais os esforços do primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, para romper um impasse político debilitante no país.

A ruptura nas conversas entre os nacionalistas e o Partido da Justiça e Desenvolvimento (AK, na sigla em turco), do premiê, aumenta a possibilidade de um gabinete interino multipartidário, uma nova má notícia para os investidores receosos que levaram a cotação da lira, a moeda local, a quebrar recordes negativos seguidamente.

O partido AK não conseguiu manter sua maioria na eleição de 7 de junho, o que não lhe permite governar sozinho pela primeira vez desde sua ascensão ao poder em 2002. O acontecimento mergulhou a Turquia no tipo de incerteza política que não testemunhava desde as frágeis coalizões dos anos 1990.

O impasse também ocorre em um momento no qual o país membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) enfrenta uma confluência de ameaças de segurança nacional, combatendo insurgentes do Estado Islâmico em suas fronteiras e militantes curdos internamente.

Após se reunir com o líder do Partido do Movimento Nacionalista (MHP, na sigla em turco), Devlet Bahceli, durante mais de duas horas, Davutoglu declarou que os dois não conseguiram encontrar um meio termo.

“Não foi possível concretizar nenhuma das opções que eu tinha em mente durante a reunião de hoje com Bahceli”, disse Davutoglu em entrevista coletiva na capital, Ancara.

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