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Legislativo

Eleição mostra racha ideológico

A eleição parlamentar iraniana pareceu expor ontem o racha social e ideológico entre uma população mais velha e religiosa majoritariamente pró-regime e uma classe média urbana que tende a rejeitar o sistema de governo.

Na mesquita Lor Zadeh, no centro-sul da cidade, eleitores formavam longas filas. Alguns ostentavam com orgulho bandeiras do Irã. A maioria eram pessoas acima de 40 anos que ostentavam sinais de devoção religiosa: homens de barba e anéis nos dedos e mulheres de chador (véu).

Mas em vários centros de votação em outras áreas de Teerã o comparecimento foi baixo. Alguns jovens com visual mais moderno disseram ter votado só para garantir o carimbo no título de eleitor, o que, segundo eles, evita problemas para formalidades administrativas.

O presidente Barack Obama disse que o Irã deve levar a sério ameaças americanas. "Como presidente dos Estados Unidos, não blefo", afirmou em entrevista à revista Atlantic.

Obama enfatizou que é inaceitável que o país tenha armas nu­­cleares e que todas as possibilidades, mesmo militares, são consideradas para evitar o desdobramento.

Segundo Obama, uma estratégia com "componente militar" é última alternativa. "Tenho preferência profunda pela paz. Toda vez que mando jovens para o com­­bate e vejo as consequências, se tiverem a sorte de voltar para casa, sinto peso sobre mim. Não me desculpo por isso."

Entretanto, argumentou que a ação norte-americana no Afega­­nistão e a morte de Osama bin Laden são provas de que, quando necessário, seu governo é capaz de liderar operações militares.

Para Obama, o programa nu­­clear iraniano pode provocar uma corrida na região.

Na semana que vem, Obama receberá o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu. O presidente americano afirmou que tentará convencê-lo a evitar intervenções militares por ora.

De acordo com ele, Netanyahu é líder de um Estado moderno que tem consciência dos custos profundos de uma ação militar, que pode gerar consequências indesejadas.

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