O ex-presidente do Uruguai José Alberto Mujica, 80, defendeu descriminalização das drogas, em pauta no STF (Supremo Tribunal de Justiça), durante um evento em sua homenagem, nesta quinta-feira (27) na sede da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), no centro do Rio.
“No Uruguai ainda não tivemos tempo suficiente para avaliar os resultados da liberação. O narcotráfico é pior do que a droga. O que queremos é assegurar uma compra segura sem que tenha que recorrer ao tráfico”, disse o ex-presidente, que legalizou a comercialização da maconha em 2014 no Uruguai.
Em dezembro de 2013, o Uruguai legalizou a produção e venda de maconha no país. Pela nova legislação, que passou vigorar em 2014, os uruguaios e estrangeiros que residem no país e têm mais de 18 anos poderão comprar até 40 gramas da erva por mês em farmácias credenciadas
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Indagado sobre movimentos que clamam pela volta da ditadura militar, Mujica, que ficou preso por 14 anos por lutar contra a ditadura no Uruguai (1973-1985), como membro do Movimento de Libertação Nacional-Tupamaros, respondeu que “há loucos por ai”. Bem-humorado, completou citando um ditado popular castelhano. “No creo en brujas, pero que las hay, las hay”.
O ex-presidente falou a uma plateia de convidados ao receber o prêmio “Personalidade Sul 2015” oferecido pela Federação das Câmaras de Comércio e Indústria da América do Sul (Federasur). A premiação, em sua primeira edição, celebrou a sua trajetória.
A agenda de Mujica inclui um encontro com estudantes, solicitado como condição para ele participar da premiação, na noite desta quinta-feira, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
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