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Policiais inspecionam o local onde uma das bombas explodiu, em Ciudad Victoria: intimidação | Henry Romero/Reuters
Policiais inspecionam o local onde uma das bombas explodiu, em Ciudad Victoria: intimidação| Foto: Henry Romero/Reuters

Matamoros, México - Em atos mais afeitos a grupos terroristas, o narcotráfico mexicano respondeu com carros-bomba, novas chacinas e o desaparecimento de um promotor à pressão do governo pelo massacre de 72 imigrantes ilegais na última segunda-feira.

Dois carros-bomba explodiram ontem em Ciudad Victoria – capital do Estado de Tamaulipas, o mesmo de San Fernando, onde foram encontrados os corpos. Um deles provocou danos materiais na sede local da emissora Televisa, a maior do país.

O episódio foi interpretado como uma tentativa de intimidar a mídia local. Segundo o presidente mexicano, Felipe Calderón, o promotor Roberto Jaime Suárez, que investigava o massacre de San Fernando, está desaparecido há dois dias.

Ele chegou a ser declarado morto, após dois corpos terem sido encontrados em uma estrada, mas depois a notícia foi desmentida por Calderón.

Calderón admitiu que a narcoviolência tende a aumentar: "A única maneira de detê-los [traficantes] é com a força pública, o que vai trazer, ao menos no curto prazo, também violência’’.

Resgate

O único sobrevivente da tragédia, o equatoriano Freddy Lala Pomavilla, continua internado. O presidente do Equador, Rafael Correa, disse que quer "trazê-lo de volta ao país o mais rápido possível".

A chacina de imigrantes recebeu condenações da ONU e da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Desde 2006, quando Calderón intensificou o combate ao tráfico, 28 mil pessoas morreram no país em episódios de narcoviolência.

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