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O próximo alvo da Nasa na busca por vida fora da Terra deve ser Europa, uma das luas de Júpiter. Quem afirma isso é Ronald Greeley, chefe do Departamento de Geologia Planetária da Universidade Estadual do Arizona, nos Estados Unidos, que está acertando os detalhes de uma futura missão. Segundo ele, apesar de estar cinco vezes mais longe do Sol do que a Terra, Europa tem condições únicas para abrigar vida.

Um pouco menor que nossa Lua, o satélite possui um oceano que pode passar dos 100 quilômetros de profundidade, abaixo de uma camada de gelo. Segundo Greeley, isso é mais do que toda a água de todos os oceanos da Terra. "Europa é única no nosso sistema solar", afirmou ele durante a reunião anual da Associação Americana para o Progresso da Ciência, em São Francisco.

Não bastasse isso, a lua também tem os outros dois ingredientes básicos para o surgimento de vida: minerais orgânicos e uma fonte de energia.

No final da década de 1990, Europa foi estudada pela missão Galileo da Nasa, mas, para o cientista, esse trabalho trouxe mais perguntas que respostas. "Nós queremos ultrapassar essa camada de gelo e entrar no oceano", diz Greeley. Por isso, segundo ele, faz diferença saber se essa camada de gelo tem uma espessura de alguns metros ou de muitos quilômetros. "Com os dados de hoje, jamais responderemos isso."

No momento, os outros candidatos à vida no Sistema Solar já estão sendo investigados. Marte é o objeto de diversas missões. As luas de Saturno Titã e Encelado estão sendo estudadas pela sonda Cassini -- que já mostrou que as duas têm temperaturas baixas demais, o que torna improvável que elas possuam água líquida.

Uma missão para Europa ainda precisa ser detalhada. E é nisso que Greeley trabalha. Sua parte no trabalho deve estar pronta em meados deste ano e será apresentada neste domingo na reunião da AAAS.

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