O médico John Zhang posa com a criança| Foto: Reprodução/New Hope Fertility Center

Um bebê nasceu por meio de um procedimento que combina o DNA de três pessoas diferentes e é saudável, afirmam os médicos que acompanharam o processo. O menino veio ao mundo no último dia 6 de abril, após seus pais, um casal jordaniano, viajarem para o México, onde foram atendidos por um grupo de especialistas norte-americanos em fertilização. As informações são do The Guardian.

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A equipe foi coordenada por John Zhang, médico do Centro de Fertilidade Nova Esperança (New Hope Fertility Center, em inglês), localizado em Nova York. A escolha pelo México se deu porque o país ainda não regula esse tipo de procedimento. “Para salvar vidas, essa foi a atitude ética a ser tomada”, afirmou Zhang.

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O método, conhecido como transferência mitocondrial, é a esperança de muitos pais que têm alto risco de transmitir alguma doença genética aos filhos. Até o momento, o procedimento é apenas permitido de forma oficial no Reino Unido.

A mãe e o pai do bebê, que não tiveram os nomes divulgados, recorreram à transferência mitocondrial porque a mulher carrega os genes da Síndrome de Leigh, doença hereditária que ataca o sistema nervoso central e pode levar à morte. O casal já tentara ter filhos da forma “tradicional” em duas ocasiões anteriormente, mas em ambos os casos as crianças viveram apenas poucos meses.

Durante o procedimento, Zhang retirou o núcleo de um dos óvulos da mulher e o transferiu para a célula sem núcleo e saudável de uma doadora. Em seguida, fertilizou o óvulo com o esperma do marido. Do processo, foram criados cinco embriões, mas só um se desenvolveu normalmente para ser implantado na futura mãe. Nove meses depois, nasceu um menino.

Esse foi o primeiro bebê saudável a nascer a partir desse tipo de procedimento. Na década de 1990, médicos já haviam tentado potencializar a qualidade dos óvulos de algumas mulheres por meio de uma injeção de citoplasma de células reprodutoras advindas doadoras saudáveis. Muitas crianças, porém, desenvolveram desordens genéticas, e o método foi proibido.

Colaborou: Mariana Balan.

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