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Judeus ultra-ortodoxos caminham sobre a neve em um cemitério no Monte das Oliveiras, em Jerusalém: onda de frio atinge a região | REUTERS/Baz Ratner
Judeus ultra-ortodoxos caminham sobre a neve em um cemitério no Monte das Oliveiras, em Jerusalém: onda de frio atinge a região| Foto: REUTERS/Baz Ratner

Nevascas chegaram na noite de quarta-feira (9) a Jordânia, Israel e Arábia Saudita no quinto dia de uma onda excepcional de mau tempo no Oriente Médio que causou a morte de 11 pessoas e deixou ao menos 11 desaparecidos.

Jerusalém, situada a 800 metros de altitude, estava coberta com até 15 cm de neve na manhã de hoje -e mais do que isso na periferia- após a pior tempestade do tipo em 20 anos.

A autoridade responsável por atender as emergências na municipalidade de Jerusalém, Elisha Peleg, pediu aos moradores para ficarem em casa e não saírem nas ruas, dizendo à Rádio Militar de Israel que durante a noite a região teve sua maior queda de neve desde 1992.

O transporte público foi interrompido, e muitos veículos que se aventuraram nas estradas ficaram presos, acrescentou, pedindo aos cidadãos para que ficassem em casa. A Rádio Israel disse que a estrada que liga Jerusalém a Tel Aviv estava bloqueada, e que a maior parte da região da Galileia, no norte, estava paralisada pela neve, com 30 centímetros de neve acumulando-se na cidade de Safed.

Deserto

A neve chegou inclusive à região de Tabuk, no noroeste da Arábia Saudita, onde tal ocorrência é muito rara.

Na Jordânia, a nevasca paralisou quase todo o país. A neve bloqueava a maior parte das rotas que levam a Amã e outras regiões, e o rei Abdullah 2º decretou outro feriado hoje, como fez ontem. O Exército foi mobilizado para abrir estradas e socorrer as pessoas bloqueadas.Também nevou no norte do Iraque, onde exames foram adiados em algumas cidades do Curdistão e o tráfego era difícil ou estava interrompido em vários postos fronteiriços do Irã.

A violência do tempo atingiu o Egito, afetado por uma onda de frio. Ventos fortes e chuvas torrenciais paralisaram a circulação nas grandes cidades, sobretudo no Cairo, e obrigaram portos fechados.Em toda a região, este mau tempo causou nos últimos dias a morte de ao menos 11 pessoas - três no Líbano, três em Israel e cinco na Jordânia -, enquanto outras 11 - dez pescadores cujo barco naufragou no Egito e um bebê que foi arrastado pelas águas no Líbano - estão na lista de desaparecidos.Síria

Enquanto Damasco permanecia coberta de neve, o frio está insuportável em várias regiões da Síria, onde a guerra civil causou escassez de combustível para calefação e perturbou consideravelmente as redes de alimentação elétrica.

O frio também afeta centenas de milhares de refugiados sírios que fugiram da violência e sobrevivem em acampamentos de barracas nos países fronteiriços. Na Jordânia, o acampamento de Zaatari, onde estão abrigadas 62 mil pessoas, se tornou um lamaçal depois de vários dias de chuvas torrenciais.

Em quase toda a região, as escolas permanecem fechadas e vários moradores estão sem eletricidade.

Embora em Israel a falta de luz, que afetou 20 mil domicílios, tenha sido causada por incidentes específicos, no Líbano a situação se complicou devido a uma greve de funcionários da companhia de eletricidade.

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