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Os astros estão divididos quanto à questão da independência da Escócia: da esquerda para a direita, Annie Lennox, Ewan McGregor, J. K. Rowling e Sean Connery | Fotos: a partir da esquerda, Eamonn mcCormack/Getty images; guillaume horcajuela/european pressphoto
Os astros estão divididos quanto à questão da independência da Escócia: da esquerda para a direita, Annie Lennox, Ewan McGregor, J. K. Rowling e Sean Connery| Foto: Fotos: a partir da esquerda, Eamonn mcCormack/Getty images; guillaume horcajuela/european pressphoto

Sean Connery é a favor; J. K. Rowling, contra. Ewan McGregor não é muito fã da ideia, mas Annie Lennox meio que é.

A data do referendo vem se aproximando — e no dia 18 de setembro os escoceses decidirão se devem se separar do Reino Unido como um país independente. Tanto a turma do "sim" como a do "não" vêm buscando o apoio dos famosos insistentemente, mesmo que tais pronunciamentos não obtenham o resultado desejado.

Quando David Bowie, que é inglês e mora em Nova York, pediu à modelo Kate Moss que se vestisse de Ziggy Stardust para receber um prêmio em Londres em seu nome e ler o apelo "Escócia, fique conosco", a Twittersfera escocesa o aconselhou a "voltar para Marte".

A Escócia é sócia minoritária da Inglaterra no Reino Unido desde 1707 e, de lá para cá, é óbvio que muita gente sugeriu/pediu/exigiu independência. Atualmente as pesquisas indicam que a maioria prefere a permanência da união, embora muitas indiquem que pelo menos vinte por cento dos eleitores ainda não se decidiu.

Na verdade, não se sabe qual o peso da opinião das celebridades em um debate que revolve em torno de questões do tipo: uma Escócia independente deve manter a rainha e a libra esterlina? Os submarinos nucleares? E a austeridade? Na verdade, a grande maioria das estrelas internacionais nem mora no país e, por isso, não pode votar.

"Todo mundo adora ir ao cinema, mas que tipo de autoridade um astro de Hollywood tem sobre esses assuntos?" questiona James Mitchell, professor de Política Pública na Universidade de Edimburgo. "O eleitorado escocês é inteligente o suficiente para não se deixar levar por isso".

Entretanto, Angus Robertson, diretor de campanha do referendo do Partido Nacional Escocês, diz: "Não se pode menosprezar os famosos; eles dão um colorido à campanha e é isso que atrai o público".

Sean Connery, que tem uma tatuagem onde se lê "Escócia Para Sempre" e diz que vai voltar a morar na terra natal se ela se separar, escreveu um artigo na New Statesman recentemente em que afirmava que "a chance da independência é boa demais para ser desperdiçada".

Annie Lennox, eterna vocalista do Eurythmics, disse que se uma Escócia independente "gerasse uma sociedade mais igualitária, este seria um exemplo maravilhoso", mas se confessa cética em relação a essa conquista.

O nome mais forte e ativo na campanha anti-independência por enquanto é J.K. Rowling, autora dos livros de Harry Potter, que doou um milhão de libras à causa.

"Quanto mais ouço detalhes da campanha pelo ‘sim’, mais me preocupo com a minimização e até a negação dos riscos", ela escreveu em seu site. Apesar de ser inglesa, o longo tempo de residência em Edimburgo lhe dá direito a votar.

E acrescentou: "Ao mesmo tempo, estatísticas e previsões drasticamente diferentes nos são jogadas por ambos os lados, o que dificulta muito saber em quem acreditar. A verdade, porém, é que se nos separarmos, não há volta".

A visão das celebridades sobre a secessão: Bom, sim. E não.

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