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Palestino chora a morte de três crianças na entrada do necrotério do hospital de Shifa, na Faixa de Gaza | EFE
Palestino chora a morte de três crianças na entrada do necrotério do hospital de Shifa, na Faixa de Gaza| Foto: EFE

Fogo

Israel intercepta drone vindo de Gaza perto do porto de Ashkelon

O exército de Israel interceptou ontem um avião pilotado por controle remoto (drone) que entrou em seu espaço aéreo desde a Faixa de Gaza.

Comunicado do Exército informou que um míssil Patriot interceptou o aparelho quando voava em direção ao porto mediterrâneo israelense de Ashkelon, um dos principais alvos dos foguetes das milícias islamitas.

As brigadas Ezzedine al-Qassam, braço armado do movimento islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza, já lançaram na terça-feira passada três drones contra o território israelense, sem terem completado sua missão.

Modelos

De acordo com uma informação divulgada pela própria milícia, há três modelos deste tipo de drone em seu arsenal: um para missões de espionagem, outros para ataques e um terceiro usado como explosivo ou bomba volante.

Terríveis

O Hamas disse ontem que a incursão terrestre de Israel na Faixa de Gaza terá "consequências horríveis". "Isso não assusta os líderes do Hamas ou o povo palestino", disse o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri. "Nós alertamos [o primeiro-ministro israelense, Benjamin] Netanyahu das horríveis consequências de tal ato tolo."

  • Nuvem de fumaça resultante de ataque do governo israelense contra território palestino

O Exército de Israel começou ontem uma invasão por terra em Gaza. O objetivo é destruir túneis usados pelo Hamas para entrar no território israelense.

INFOGRÁFICO: Confira os alvos de bombardeios de Israel

Segundo a agência de notícias Efe, cinco palestinos já foram mortos, alvos de disparos de blindados. Um deles era um bebê de cinco meses.

A incursão começou no décimo dia da operação Margem Protetora. Até então, limitava-se a bombardeios.

Ordenada pelo premiê Benjamin Netanyahu, a nova fase da operação envolve infantaria, tanques, engenharia, ataques aéreos e navais e inteligência, e não tem dia previsto para terminar.

"A Operação Margem Protetora vai continuar até atingir seu objetivo: restaurar a calma e a segurança dos israelenses, danificando a infraestrutura do Hamas", disse o gabinete do premiê.

Segundo o Exército, um túnel que sai do sul de Gaza foi usado ontem por 13 combatentes armados, que entraram em Israel e foram mortos por um ataque aéreo.

O Hamas afirmou que a invasão é "insensata". "A operação por terra em Gaza é um passo drástico e perigoso, e a ocupação pagará caro por isso", disse, em comunicado.

O gabinete de Netanyahu autorizou o Exército a convocar 18 mil reservistas, que se somam aos 56 mil que já estavam mobilizados. Eles substituem soldados da ativa em funções de retaguarda.

A invasão foi ordenada pouco depois de um cessar-fogo humanitário de cinco horas, pedido pela ONU. Israel acusa o Hamas de ter quebrado o acordo, atirando três foguetes no período.

ONU descobre foguetes dentro de uma escola

Folhapress

Funcionários da ONU descobriram aproximadamente 20 foguetes em uma escola da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA) na Faixa de Gaza, anunciou o organismo, acrescentando que é a primeira vez que algo assim acontece.

"Na quarta-feira, durante uma inspeção de rotina dos prédios, a UNRWA descobriu cerca de 20 foguetes escondidos em uma escola vazia na Faixa de Gaza", indica um comunicado da agência. "A UNRWA condena firmemente o grupo ou grupos responsáveis por colocar essas armas em uma de suas instalações."

A UNRWA afirmou que o incidente é uma "violação flagrante" do Direito Internacional, acrescentando que os foguetes tinham sido removidos e as "partes envolvidas" haviam sido informadas.

Israel acusa o Hamas e outros grupos militantes de utilizar instalações civis para armazenar foguetes.

Cerca de 22 mil palestinos que fugiram dos bombardeios israelenses se refugiaram em escolas da UNRWA. Dos milhares que fogem do bombardeio israelense, cerca de 22 mil se refugiaram em escolas da UNRWA.

UNRWA é uma agência da ONU, criada pela Assembleia Geral em 1949, que presta assistência e proteção a uma população de cerca de 5 milhões de refugiados palestinos registrados na Jordânia, Líbano, Síria, Cisjordânia e Faixa de Gaza.

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