A junta militar que governa o Egito prometeu nesta quinta revisar os processos de jovens manifestantes detidos logo após a queda do regime de Hosni Mubarak, numa tentativa de acalmar as crescentes tensões entre o movimento popular reformista e os generais que supervisionam a transição política no país. A demissão de 10 governadores de províncias indicados por Mubarak foi outra demanda crucial dos manifestantes. Ela foi anunciada hoje pela televisão estatal.

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O anúncio dos militares se segue à impressionante detenção do ex-governante Mubarak e dos seus dois filhos em uma investigação sobre corrupção, abuso de poder e as matanças de manifestantes que ocorreram antes de 11 de fevereiro, data da queda do regime de Mubarak.

A junta militar que assumiu o poder após a queda de Mubarak está fazendo concessões para tentar reverter o descontentamento e a desconfiança entre o Estado egípcio e a multidão que pede por mudanças democráticas. O Conselho das Forças Armadas disse, em comunicado, postado em sua página no Facebook, que os "casos dos jovens" recentemente levados a julgamento "serão reconsiderados e revisados".

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Ativistas acusam que a junta atua de uma maneira semelhante a de Mubarak, encarcerando milhares de manifestantes em prisões militares. Alguns afirmam que foram torturados após julgamentos sumários em tribunais militares. Um tribunal militar condenou o dono de um blog por ter insultado as Forças Armadas e o sentenciou a três anos de prisão, o que aumentou ainda mais as suspeitas dos manifestantes.

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