O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, afirmou novamente nesta segunda-feira (4) que não vai renunciar, apesar dos protestos populares. "Nós ficaremos firmes como montanhas", disse a líderes tribais que o apoiam. As forças de segurança mataram 17 manifestantes hoje na cidade de Taiz, ao sul da capital do Iêmen, Sanaa, segundo informaram fontes médicas. Outro manifestante foi morto em Hudaida.

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Funcionários do governo dos Estados Unidos disseram a aliados que veem a posição de Saleh como insustentável e acreditam que ele precisa deixar o poder. O jornal New York Times abordou a questão numa reportagem publicada ontem. Os EUA já estariam participando dessas negociações há mais de um semana.

No domingo, a oposição iemenita afirmou em comunicado que Saleh deve deixar o cargo e entregar o poder a seu vice, que assumiria como interino para assegurar uma transição de poder. Saleh, um aliado estratégico dos Estados Unidos na luta contra a rede terrorista Al-Qaeda, disse que os protestos devem ser encerrados, mas afirmou estar disposto a discutir uma "transição pacífica de poder pelos meios constitucionais".

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Cerca de 100 pessoas já morreram nos protestos no Iêmen, segundo grupos pelos direitos humanos. As monarquias do Golfo Pérsico buscam negociar um meio de acabar com o impasse entre o governo e a oposição por meio do Conselho de Cooperação do Golfo, que reúne Kuwait, Omã, Catar, e Emirados Árabes, além do próprio Iêmen. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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