Nesta nova era de smartphones e Internet, a agência federal eleitoral do Canadá está tendo dificuldade para fazer cumprir uma regra que proíbe a divulgação dos resultados das eleições até o fechamento de todas as urnas.
Com canadenses em quatro distritos eleitorais espalhados ao redor do país gigantesco votando na segunda-feira para preencher vagas remanescentes no Congresso, a Elections Canada teve que pedir que um jornal retirasse de seu site uma reportagem que revelava os resultados iniciais de um dos locais onde as urnas fecharam mais cedo.
Mas a agência do governo não percebeu que jornalistas estavam discutindo os mesmos resultados no site de microblogs Twitter, acessível em todo o país.
Um jornalista chegou a postar uma mensagem dizendo "Oh céus. Acabei de perceber que posso estar violando a lei por pouco entender o Twitter". A Elections Canada não tomou providências.
Não é nada surpreendente que críticos usem termos como absurdo e arcaico ao descrever a lei que, em grande parte, foi criada em uma época anterior ao surgimento da Internet.
O objetivo da regra - que faz parte do Ato de Eleições do Canadá - é evitar abusos no segundo maior país do mundo. O Canadá tem seis fusos horários, o que significa que os resultados das eleições no leste do país começam a entrar enquanto as urnas no resto do Canadá ainda estão abertas.
Para evitar que a maioria dos eleitores seja influenciada de alguma forma pelas primeiras votações, organizações de mídia estão proibidas de divulgar quaisquer resultados em rede nacional até o fechamento das últimas urnas.
As redes de televisão e rádio podem, no entanto, divulgar os resultados se o sinal for local. Mas isso não leva em conta o fato de que um eleitor no oeste do país possa, com a antena certa, acessar o sinal com os resultados do leste.
E, é claro, a facilidade de postar dados na Internet.
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