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Grafite pró-autonomia de Vêneto escrito ‘Estado de Veneto ', em Asiago, na Itália | Federico Bernini/Bloomberg
Grafite pró-autonomia de Vêneto escrito ‘Estado de Veneto ', em Asiago, na Itália| Foto: Federico Bernini/Bloomberg

Após o impasse separatista na Catalunha, moradores do Norte da Itália também vão ter referendo consultivo para decidir autonomia neste domingo (22). Entre as mais ricas do país, as regiões de Vêneto e Lombardia, governadas pela ultra-direitista Liga Norte, querem se desassociar da gestão do Estado central em Roma. Ambas acusam o governo de não beneficiá-las com impostos arrecadados.

Segundo a agência France Press, o referendo seria um “primeiro teste” para que a região alcance o objetivo de fazer uma eleição mais radical no futuro.

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No ano passado, Vêneto teve um saldo fiscal de 15,5 bilhões de euros. A região alega, no entanto, que os impostos arrecadados não foram convertidos em investimento pelo governo. Por isso, a região pretende reivindicar competências para os setores de educação e infraestrutura.

O presidente da região, Luca Zaia, disse que “se as taxas fossem bem investidas, não haveria problema”. Ele acusa o Estado de gastar mal o dinheiro arrecadado.

Com o discurso de recuperação da metade do saldo fiscal, promovido pelos membros da ultra-direitista Liga Norte, muitos habitantes estão passando a apoiar o movimento de desassociação. Eles consideram que é no mínimo justo que os impostos que pagam sejam gastos no território deles.

Mas além da questão econômica, questões de identidade também desempenham um papel importante na busca pela separação, particularmente Vêneto, onde uma ala política nunca desistiu de uma secessão, mesmo que esses esforços tenham sido abandonados há muito tempo pela Liga do Norte, que governa a região.

Juntas, Vêneto e a Lombardia representam 30% do Produto Interno Bruto (PIB) da Itália, e cerca de um quarto do eleitorado do país. Entretanto, nem todos os cidadãos da região são favoráveis ao referendo, e a consulta só terá validade se alcançar uma participação de pelo menos 50% do eleitorado. 

Com informações do portal G1.

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