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Curitiba – O deputado federal paranaense Dr. Rosinha (PT) foi eleito ontem o mais alto representante brasileiro no Parlamento do Mercosul, ao ser indicado vice-presidente da instituição, com mandato de dois anos. Por telefone, de Montevidéu, sede do Parlamento, Dr. Rosinha falou à Gazeta do Povo:

Gazeta do Povo – Qual vai ser sua função como vice-presidente do Parlamento do Mercosul?

Dr. Rosinha – A mesa executiva tem o papel de fazer toda a parte administrativa e orçamentária. Na seqüência vamos decidir se vamos dividir as tarefas ou vamos ser responsáveis por todo o temário.

Com que freqüência os parlamentares irão se reunir? O senhor vai ficar entre Brasília e Montevidéu?

Amanhã (hoje) nós teremos uma reunião de trabalho que vai discutir a questão da freqüência.

Um dos grandes desafios do Mercosul é conseguir aprovar medidas que tenham poder em instância supranacional. Mas esse Parlamento não terá poder legislativo. Isso não vai restringir o trabalho de vocês? Como fazer os países membros falarem no mesmo tom?

O Parlamento não tem esse objetivo de todo mundo falar no mesmo tom. O objetivo do Parlamento é representar o povo que vive no Mercosul. Nossas atribuições são todas políticas.

Mas no caso da união aduaneira no Mercosul, por exemplo, que está longe de ser perfeita. As cláusulas que permitem a adoção de medidas de salvaguardas estão vigentes...

Tudo isso é debate político, porque a negociação é do poder executivo, do qual nós podemos concordar ou não. Quando houver um processo de negociação, nós seremos consultados. Se nós concordarmos, teremos a obrigação de aprovar a medida nos parlamentos nacionais o mais rápido possível. Se nós não concordamos, não teremos a obrigação de aprovar essas normas.

Há a intenção do Parlamento se tornar legislativo?

Sim, a idéia é fazer um Parlamento forte, que possa inclusive fazer o orçamento do Mercosul, das despesas do bloco, não dos países. Também iremos discutir a moeda única e uma maior integração, como eu defendo. Poderemos promover debates que antes não seriam possíveis.

A partir de 2010 a eleição dos representantes do Parlamento do Mercosul será direta. O senhor pretende se candidatar?

Ainda está longe para decidir.

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