Dois anos depois da passagem do furacão Katrina pelo sul dos Estados Unidos, a cidade de Nova Orleans, arrasada pelas enchentes, ainda espera por recursos para a sua reconstrução. Na área dos cassinos, dos grandes bancos, não há sinais da catástrofe. Mas a menos de cinco quilômetros, pouca coisa melhorou nos últimos dois anos.
O muro de contenção, que se rompeu e a água do canal que atravessa Nova Orleans inundou bairros inteiros, foi reconstruído. Mas os bairros ainda têm áreas totalmente abandonadas.
Miney Mo, morador do distrito mais atingido pelo furacão Katrina, ficou ilhado no teto de uma casa vizinha durante horas. Ele conta que esperou um ano e meio até o Governo Federal emprestar um trailer, para que pudesse voltar a morar no próprio quintal.
A demora na recuperação de Nova Orleans está se transformando num circo político. A prefeitura da cidade diz que as agências federais seguram dinheiro que já deveria ter sido liberado. O estado da Lousianna briga com o estado vizinho, o Mississippi, que recebeu mais apoio do Congresso e os pré-candidatos à presidência americana dizem que Nova Orleans é uma prioridade para eles.
Em visita à cidade, o democrata Barak Obama prometeu que, se for eleito, vai pensar em Nova Orleans todos os dias. "Isso é conversa. Os políticos gastam milhões de dólares fazendo campanha. Por que não adotam um bairro e vêm aqui ajudar a reconstruir casas?", questiona a moradora Mama Dee.
-
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
-
Relatório americano divulga censura e escancara caso do Brasil ao mundo
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast
Deixe sua opinião