Equipes de emergência se apressavam nesta sexta-feira (14) para retomar o bombeamento do petróleo de um navio cargueiro danificado que quase se rompeu em dois próximo à costa da Nova Zelândia, enquanto as empresas começaram a avaliar os custos do pior desastre ambiental em décadas no país.
O navio Rena, de bandeira liberiana, está encalhado há nove dias em um recife, a 22 quilômetros de Tauranga, na costa leste da Ilha Norte da Nova Zelândia, vazando cerca de 300 toneladas de óleo pesado tóxico e perdendo alguns de suas centenas de contêineres, que caem no mar.
Autoridades disseram que o navio de 236 metros de comprimento estava em uma posição precária, e equipes de salvamento estavam se preparando para abrir buracos na popa para chegar aos tanques que armazenam mais de 1.000 toneladas de combustível.
"O que está mantendo o navio estável no momento é o fato de que ele está deitado sobre o recife, e também algumas estruturas internas, as escadas internas, os dutos e estruturas semelhantes dentro do navio", disse o porta-voz da Marinha neozelandesa, Andrew Berry, durante reunião com os moradores locais.
As equipes estão trabalhando para instalar equipamentos e plataformas na parte superior da popa do navio de 47.230 toneladas, que está inclinado em até 25 graus, por isso há uma superfície nivelada para trabalharem.
"Ainda existe um pouco de esperança... talvez eles consigam começar a bombear o petróleo amanhã, mas não podemos determinar o tempo que levará para as coisas; esse navio é muito, muito perigoso", disse Matthew Watson da empresa de salvamento Svitzer.
Segundo ele, os vazamentos de petróleo do navio diminuíram e havia "um nível razoável de confiança" de que os tanques na popa estavam intactos e que assim permaneceriam.
O petróleo chegou à costa, muito frequentada por surfistas e pescadores, afetando um trecho de 60 quilômetros ao longo do litoral do país.
As condições climáticas e do mar estavam favoráveis, mas a expectativa é que os ventos se intensifiquem e possam obrigar a saída das equipes que estão trabalhando no navio, que já perdeu 88 de seus 1.380 contêineres.
Estima-se que 1.000 trabalhadores, incluindo soldados, especialistas em fauna selvagem e moradores, estavam nas praias retirando petróleo que vazou do navio.
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