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Manifestantes se reúnem  para protestar contra o assassinato de Alton Sterling | MARK WALLHEISER/AFP
Manifestantes se reúnem para protestar contra o assassinato de Alton Sterling| Foto: MARK WALLHEISER/AFP

Milhares foram às ruas pelo terceiro dia consecutivo neste sábado (9) em diversas cidades dos EUA para protestar contra a morte de dois homens negros por policiais. Os manifestantes fecharam rodovias importantes e houve confronto com a polícia. Mais de 200 pessoas foram presas em todo o país.

Segundo a polícia da Louisiana, 102 foram presos, entre eles o ativista negro e ex-candidato a prefeito de Baltimore Deray McKesson, durante protestos que duraram várias horas em Baton Rouge.

Em St. Paul, em Minnesota, o porta-voz da polícia local Steve Linders confirmou que foram detidas cerca de 100 pessoas: 50 no bloqueio de da rodovia interestadual 94 e outros 50 em outros pontos da cidade.

Já a polícia de Nova York disse ter prendido cerca de dez manifestantes por fechar uma importante estrada da cidade. Outros três foram presos em Chicago.

Em Baton Rouge, na Louisiana, centenas foram às ruas na manifestação contra violência policial. Houve confrontos entre a polícia antidistúrbio e ativistas dos Panteiras Negras, alguns dos quais carregavam armas (as leis estaduais permitem carregar armas em espaços públicos). Segundo a polícia, várias armas foram confiscadas.

O presidente dos EUA, Barack Obama, vai a Dallas, no Texas, nesta terça (12). A viagem foi confirmada pelo porta-voz da Casa Branca, John Earnest.

Os manifestantes protestaram diante do departamento de polícia local e houve diversos momentos de confrontos com os agentes que cercavam o prédio.

Alguns deles entraram em confronto com a polícia, que tentava impedir o bloqueio. Segundo a polícia, eles jogaram pedras, garrafas e tijolos nos agentes, ferindo ao menos três. A rede americana CNN diz que um dos agentes foi atingido por fogos de artifício e que os manifestantes lançaram um coquetel molotov contra a polícia.

A polícia, por sua vez, disse ter usado bombas de fumaça. Já os manifestantes alegam que os agentes usaram gás lacrimogêneo e balas de borracha. Não há informação sobre manifestantes feridos.

A confusão ocorreu a poucos quilômetros do local onde Philando Castile, 32, foi morto por um policial em uma blitz, na última quarta-feira (6). A morte de Castile e de Alton Sterling, 37, também negro, por um policial em Baton Rouge motivaram as manifestações dessa semana.

Protestos se espalham

As manifestações ocorreram também em Nashville, no Tennessee, onde os manifestantes bloquearam brevemente uma rodovia, e em Indianápolis, no Estado de Indiana.

Um ato em San Francisco também teve bloqueio de uma via local, segundo a imprensa local.

Em Nova York, centenas de manifestantes marcharam da prefeitura até a Union Square. No ápice do ato, cerca de mil pessoas fecharam a famosa Quinta Avenida, alguns aos gritos de “sem polícia racista, sem justiça, sem paz”.

“Eu estou me sentindo muito triste”, disse Lorena Ambrosio, 27, artista peruana-americana. “Estou com raiva que corpos negros continuam sendo empilhados e empilhados.”

Em Washington, um grupo fez uma passeata pacífica na noite de sábado, aos gritos de “somos jovens, somos fortes, vamos marchar a noite toda”. Eles fecharam temporariamente a Rock Creek Parkway.

O ato chegou a reunir cerca de 400, segundo a CNN, que lista ainda atos em Atlanta, na Geórgia, e em Miami e Fort Lauderdale, na Flórida.

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