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Manifestantes contrários à anistia da esquerda a independentistas catalães se reuniram em frente à sede do partido PSOE, na noite desta quinta-feira (9), em Madri
Manifestantes contrários à anistia da esquerda a independentistas catalães se reuniram em frente à sede do partido PSOE, na noite desta quinta-feira (9), em Madri| Foto: Reprodução/Agência EFE

A Espanha enfrentou mais uma noite de protestos contra uma anistia proposta pelo governo a independentistas catalães em troca de apoio para a permanência do socialista Pedro Sánchez no poder.

Os novos atos aconteceram em frente à sede do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), nesta quinta-feira (9), em Madri, onde manifestantes entraram em conflito com a polícia, ocorrência que resultou na prisão de 15 pessoas.

No sétimo dia de protestos contra a anistia e depois da divulgação do acordo entre o governista PSOE e o partido catalão pró-independência Junts, visando a efetivação de Pedro Sánchez como presidente do Governo - ele ocupa interinamente o posto -, a manifestação foi a maior das realizadas até agora, com cerca de 8 mil participantes, de acordo com a Delegação do Governo em Madri.

O protesto transcorreu sem incidentes durante as primeiras horas, até que, no final, alguns manifestantes começaram a lançar fogos de artifício, garrafas e outros objetos em direção a policiais que haviam montado um cordão de isolamento.

As tensões aumentaram até que a tropa de choque da Polícia Nacional Espanhola iniciou uma operação para conter os ataques.

Fontes policiais disseram que ao menos 15 pessoas haviam sido detidas e os serviços de saúde não precisaram atender feridos nessa ocasião.

A manifestação contou com a presença do presidente do partido de direita Vox, Santiago Abascal, que ressaltou aos participantes que "é preciso estar nas ruas até impedirmos o golpe", em referência à manobra para a continuidade de Sánchez no poder.

O apoio dos independentistas catalães é fundamental para que Sánchez possa governar por mais quatro anos, embora ainda não tenha sido marcada a data de sua votação de posse no Parlamento, o que pode acontecer na próxima semana.

Na Espanha, onde há o sistema parlamentarista, a chefia do governo é definida caso um partido obtenha maioria absoluta das cadeiras do Congresso dos Deputados (câmara baixa do Parlamento) ou a consiga em costura de aliança com um ou mais partidos - como é o caso do acordo do PSOE com legendas independentistas catalãs e outras bancadas. (Com agência EFE)

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