Mogadíscio Ataques aéreos contra milícias islâmicas no sul da Somália foram retomados na manhã de ontem, segundo testemunhas, embora não esteja claro se os Estados Unidos estão envolvidos.
Moradores da cidade de Afmadow disseram que foram lançados dois ataques nos arredores da cidade, mas não há informações de vítimas. Forças americanas vêm realizando bombardeios na Somália desde domingo, tendo como alvo supostos líderes da Al Qaeda. Os ataques foram defendidos pelo próprio presidente da Somália, Abdullahi Yusuf.
O porta-voz do Departamento de Defesa americano, Chris Isleib, disse não ter informações sobre novos ataques. O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) deverá se reunir em breve para discutir o envio de uma força de paz composta de soldados de países africanos à Somália.
A iniciativa já tinha sido aprovada antes de a União das Cortes Islâmicas (UCI) ser expulsa da capital Mogadíscio por forças governamentais com o apoio do Exército da Etiópia.
A ONU teme que as ações militares americanas compliquem os esforços pela paz na Somália. O novo secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon, disse lamentar a morte de civis nos bombardeios, que representam a primeira operação militar americana na Somália desde 1994.
No entanto, o governo de transição somali apoiou a ofensiva americana, chamando-a de "solução correta, em um momento oportuno da luta mundial contra o terrorismo".
O vice-primeiro-ministro somali, Hussein Aideed, disse ontem que o país precisa das forças americanas para prender os membros da al Qaeda que estão no país, pois o governo somali não tem capacidade de localizar os supostos terroristas.
Os Estados Unidos mantêm uma força de desdobramento rápido em Djibouti. O país também enviou o porta-aviões Eisenhower ao litoral somali para reforçar o bloqueio naval que já estava em andamento, e que tem o objetivo de impedir a fuga das milícias islâmicas através do Índico. As milícias são acusadas pelos EUA de acolherem membros da al Qaeda.
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