Sobreviventes da série de terremotos que mataram 81 pessoas na China e feriram mais de 800 na área montanhosa do sudoeste do país estão esperando desesperadamente por ajuda à medida que vários tremores secundários mantêm as pessoas amedrontadas e limitam os esforços de resgate.
A vítima mais recente foi uma criança de 2 anos, atingida por um muro que caiu depois de mais um tremor secundário registrado anteontem.
Até o meio-dia de ontem, 279 tremores secundários foram registrados nas regiões atingidas, de acordo com Zhang Junwei, porta-voz do escritório sismológico de Yunnan.
Devastação
O primeiro terremoto aconteceu na sexta-feira, na região de pequenos agricultores e mineiros perto da fronteira entre as províncias de Guizhou e Yunnan, uma das regiões mais pobres da China, apesar dos ricos recursos.
O tremor atingiu 5,6 graus de magnitude. Milhares de casas foram derrubadas, as comunicações foram interrompidas e estradas ficaram obstruídas por pedras e cascalhos. Autoridades retiraram mais de 200 mil pessoas de suas casas nos locais atingidos.
A região ainda estava sendo afetada por tremores secundários ontem, aumentando a expectativa de prejuízos e fatalidades.
Imagens da Televisão Central da China mostraram equipes de resgate e cachorros farejadores correndo próximos a encostas por conta do risco de queda de rochas e pedras. As cenas também mostraram uma ambulância presa entre pedras e detritos provocados por desmoronamentos.
Desabrigados
Quase todas as 110 mil pessoas que vivem na cidade de Jiaokui, a cerca de três quilômetros do epicentro de um dos terremotos, foram evacuadas, mas a maioria não tem abrigo e está esperado por suprimentos, informou um funcionário local. Segundo ele, as pessoas estão vivendo a céu aberto por falta de tendas ou coberturas. Também há falta de água potável. Um sobrevivente disse ter visto muito gado morto depois que construções de fazendas desmoronaram.
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