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A Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA lê e-mails e documentos eletrônicos de qualquer americano, mesmo sem conexão direta com suspeitos de terrorismo ou outras atividades de interesse da Inteligência.

A espionagem, feita em massa, dispensa mandados judiciais específicos, desde que a comunicação tenha origem ou destino no exterior. A revelação foi feita ontem pelo jornal The New York Times e ampliou o ultraje de entidades de defesa dos direitos civis com as operações de monitoramento indiscriminado patrocinadas pela Casa Branca.

A espionagem extrapola os critérios admitidos até agora pelo governo de Barack Obama — de que apenas pessoas diretamente relacionadas a suspeitos tinham a comunicação vasculhada. Segundo o jornal, a NSA também vem capturando nos últimos anos e-mails e documentos que simplesmente discutam tópicos relacionados a alvos estrangeiros. Basta que estas comunicações tenham pelo menos um interlocutor baseado no exterior — o que torna o monitoramento legal sob o artigo 702 da Lei de Vigilância Externa.

Rede

O objetivo é descobrir a rede por trás dos contatos dos terroristas ou a teia em torno de outras atividades monitoradas pela Inteligência (o que pode incluir diplomacia e transações comerciais).

Para interceptar as comunicações, a NSA usa programas como o Prism e o XKeystone, descritos em documentos vazados pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden. A porta-voz da agência, Judith Emmel, afirmou apenas que a NSA "se limita a coletar o que está explicitamente autorizada" e o que é necessário para "proteger o país e seus interesses". Mas um dos problemas dessa operação é que ela amplia imensamente o universo de espionados e aumenta a tensão sobre o tamanho da invasão de privacidade em nome da segurança nacional.

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