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O número de jornalistas mortos no mundo em 2009 subiu para 68 após um massacre nas Filipinas, informou o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) na quinta-feira.

O grupo que defende a liberdade de imprensa disse que o número segue-se a 42 mortes em 2008 e bate o recorde anterior de 67 mortes registrado em 2007 - quando a violência estava no ápice no Iraque, que durante seis anos foi o país mais letal para jornalistas.

Neste ano, o Iraque caiu para a terceira posição na lista dos destinos mais mortíferos para repórteres. As Filipinas ficaram no topo da lista com 32 mortes - 31 delas ocorridas durante um massacre no sul do país em novembro. A Somália - que segundo agências de segurança ocidentais se tornou um porto seguro para militantes, incluindo extremistas estrangeiros - ficou em segundo, com nove mortes de jornalistas.

"Este foi um ano de devastação sem precedentes para a mídia mundial, mas a violência também confirma tendências de longo prazo", disse o diretor-executivo do CPJ, Joel Simon. "A maioria das vítimas era de repórteres locais cobrindo notícias em suas comunidades".

"Os agressores presumiram, com base nos precedentes, que nunca seriam punidos. Quer as mortes estejam no Iraque ou nas Filipinas, na Rússia ou no México, a mudança dessa presunção é a chave para reduzir o número de jornalistas mortos", afirmou.

Todos, à exceção de duas das vítimas de 2009, eram jornalistas locais, disse o CPJ.

Os jornalistas assassinados no massacre das Filipinas estavam entre as 57 pessoas mortas após pararem num posto de fiscalização quando estavam a caminho para participar da nomeação de um candidato às eleições do ano que vem.

"As mortes nas Filipinas são um resultado chocante, mas não totalmente surpreendente, de uma realidade de longo prazo: o governo tem permitido que a violência sem punição contra os jornalistas, na maioria dos casos por motivação política, torne-se parte da cultura", disse o coordenador do CPJ para a Ásia, Bob Dietz.

Quatro jornalistas foram mortos no Paquistão, três na Rússia, dois no Sri Lanka e no México e um na Venezuela, no Nepal, em Madagascar, na Nigéria, no Azerbaijão, na Indonésia, em El Salvador, na Colômbia, em Israel e no Território Palestino, no Irã, no Afeganistão e no Quênia.

Cerca de três quartos dos jornalistas assassinados em 2009 foram alvejados em retaliação ao seu trabalho; 11 foram mortos no fogo cruzado em situações de combate e sete morreram em coberturas perigosas, como protestos e batidas policiais.

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