Um incêndio matou, na noite desta segunda-feira (horário local), sete pessoas em um prédio no centro de Paris, ocupado por imigrantes africanos. Entre os mortos estão quatro crianças, informaram nesta terça-feira os bombeiros.
Uma das crianças mortas pulou da janela para escapar das chamas e foi levada em estado muito grave a um hospital, onde morreu pouco depois. As outras pessoas foram achadas já sem vida pelos bombeiros quando puderam entrar no edifício acidentado, no bairro do Marais, após apagar o fogo. Além dos mortos, o acidente deixou três feridos em estado grave e onze leves, entre eles um bombeiro.
Em uma primeira reação do governo, o primeiro-ministro, Dominique de Villepin, manifestou sua profunda emoção pelo drama e enviou às famílias dos mortos seus pêsames, agradecendo o trabalho efetuado pelos bombeiros. Na madrugada da última sexta-feira, um incêndio em um prédio habitado por imigrantes africanos deixou ao menos 17 mortos, a maioria crianças, no sul de Paris.
A prefeitura de Paris, que após o acidente de sexta-feira se queixou da inação do governo perante a situação de milhares de imigrantes que ocupam edifícios insalubres, voltou hoje à carga com o vereador responsável por habitação, o socialista Jean-Yves Mano. Mano reivindicou que o Estado se encarregue da construção de casas para os imigrantes que trabalham e que, por não terem documentos, têm dificuldades para encontrar domicílio, e se queixou que embora tenham pedido uma reunião sobre este tema há seis meses, não conseguiram.
Em uma linha similar, o prefeito de Île-de-France, Jean-Paul Huchon, assinalou que em sua região há de 10 mil a 12 mil edifícios insalubres e exigiu uma ação do governo central, que é quem tem poder neste tema.
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