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Brasília – Disputas entre os quatro sócios e as controvérsias protagonizadas pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, colocam o Mercosul em xeque. Todavia, quando o tema é o bloco econômico, vale o ditado "ruim com ele, pior sem ele" até para os críticos mais ferrenhos.

De forma geral, governo, empresários e especialistas citam, pelo menos, duas razões para que a associação, mesmo com uma união aduaneira imperfeita, continue: a integração comercial e a estabilidade política regional.

Para Brasil e Argentina, a manutenção da unidade no comércio poderia, por exemplo, servir como antídoto ao surto de importações chinesas.

Na esfera política, o principal ativo do bloco é a cláusula democrática. A fórmula comercial contra a China, proposta por brasileiros e argentinos, é todos se unirem e aumentarem, para 35%, as tarifas de importação de calçados, têxteis e confecções. Negociadores dos dois países tentarão convencer Paraguai e Uruguai, nesta semana, a atuar de modo conjunto para proteger temporariamente as indústrias locais.

As taxas de crescimento das importações chinesas no Mercosul são significativas. Na Argentina, de janeiro a maio, o aumento das compras foi de 40% em relação ao mesmo período do ano passado. A alta nas importações brasileiras no primeiro semestre foi de 49,13%.

A China já é o principal fornecedor de eletroeletrônicos para o Paraguai, antes mesmo do Brasil, e, no Uruguai, a situação não é muito diferente. Para o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, falta ao bloco mais visão de longo prazo e respeito às metas e regras estabelecidas.

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