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Obama não vive sem o teleprompter em suas exposições ao público: valorização dos discursos preparados | Mandel Ngan / AFP Photo
Obama não vive sem o teleprompter em suas exposições ao público: valorização dos discursos preparados| Foto: Mandel Ngan / AFP Photo

Seja numa visita a uma fábrica, numa reunião sobre impostos ou na passagem por um departamento do governo, quase todos os discursos do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, são guiados pelo teleprompter. Segundo reportagem publicada nesta quinta-feira (5) pelo "New York Times", Obama se mantém mais fiel ao aparelho do que a maioria dos presidentes americanos foi.

Inventado há mais de 50 anos, o equipamento que exibe textos para serem lidos diante de câmeras costumava ser reservado pelos antecessores de Obama a discursos no Congresso ou no Salão Oval. Mas o novo presidente, diz a reportagem, não dispensa o teleprompter sequer na introdução de suas entrevistas coletivas.

O jornal afirma que, para Obama, o uso do equipamento é uma forma de não se afastar da mensagem que quer passar. Enquanto muitos antecessores fugiam de alguns discursos para improvisar, o novo presidente valoriza os textos preparados para seus discursos, muitos deles com participação do próprio Obama.

O comportamento do presidente suscita diferentes reações. O principal autor dos discursos do ex-presidente Bill Clinton, Michael Waldman, disse que Obama é um dos poucos políticos capazes de usar um teleprompter corretamente.

"Se ele estivesse apenas lendo alguma coisa que alguém entregou para ele, e não entendesse o que diz, isso seria uma coisa", disse Wladman ao "NYT". "Mas eu não acho que ninguém duvida que ele está expressando suas próprias ideias", acrescentou.

Bradley Blakeman, ex-assessor de George W. Bush, disse que o teleprompter faz Obama parecer um robô.

"Ele é muito roteirizado, e ele é cauteloso demais e tem medo de gafes", disse Blakeman ao jornal, acrescentando que quando questionado durante entrevistas, Obama leva muito tempo para responder.

Apesar de todos recorrerem a discursos redigidos com antecipação, muitos ex-presidentes americanos não gostavam de usar teleprompters, entre eles Harry Truman e Eisenhower, o primeiro a usar o equipamento nos EUA. Outros, como Bill Clinton, passaram por situações embaraçosas por causa do aparelho: num discurso ao Congresso em 1993, o discurso errado apareceu na tela em frente ao então presidente, que teve de improvisar por sete minutos até que o problema fosse contornado.

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