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O presidente Barack Obama afirmou nesta quinta-feira (27) que seu governo vai acabar com a coleta e armazenamento de dados de ligações telefônicas nos Estados Unidos por parte da Agência Nacional de Segurança (NSA), e ficarão apenas nas mãos das operadoras.

"Depois de ter estudado com atenção as opções disponíveis, decidi que a melhor maneira é que Estado não colete mais, nem armazene esses dados", assinalou o presidente em comunicado, reiterando um anúncio preliminar realizado no início da semana. "Os dados deverão permanecer nas mãos das operadoras telefônicas", acrescentou.

A administração Obama está preparando um projeto para diminuir drasticamente as gravações de conversas telefônicas feitas pela NSA (Agência de Segurança Nacional), segundo informações que o jornal The New York Times divulgou na segunda-feira.

Dados coletivos

De acordo com a publicação, os dados coletados a partir das gravações telefônicas dos cidadãos americanos seriam armazenados pelas próprias companhias telefônicas, que não seriam obrigadas a mantê-los arquivados por mais tempo do que já o fazem normalmente.

O registro de uma enorme quantidade de gravações telefônicas feito pela NSA era secreta até as revelações feitas por Edward Snowden, ex-funcionário da agência, virem à tona, no ano passado.

Em um discurso feito em janeiro, o presidente dos EUA disse querer tirar da NSA a prerrogativa de monitorar extensas quantidades de dados telefônicos, como lembra o NYT. Na mesma fala, porém, Obama afirmou que "não era uma tarefa fácil" e instruiu o Departamento de Justiça a desenvolver um plano até o próximo dia 28 de março - data na qual expira a ordem judicial que permite o funcionamento do programa.

O jornal afirma, porém, que a Casa Branca decidiu renovar o programa da forma como ele funciona atualmente por mais 90 dias.

Segundo a nova proposta, ao invés de coletar sistematicamente os dados telefônicos, a NSA teria de obter mandados judiciais contra alvos específicos - o juiz teria de decidir que um determinado número telefônico está relacionado a possíveis atividades terroristas.

Atualmente, a NSA mantém as informações em seu banco de dados por cinco anos. A Casa Branca propõe, porém, de acordo com o NYT, que as companhias as retenham por 18 meses.

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