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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tenta nesta segunda-feira dar novo impulso à sua reforma da saúde, com um plano para tornar mais acessível a cobertura dos planos de saúde.

Obama irá promover a proposta em uma cúpula bipartidária da saúde, na quinta-feira na Casa Branca, tentando assim superar o impasse do Congresso em torno do tema. A reforma deveria estender a cobertura a dezenas de milhões de norte-americanos, além de ampliar a regulamentação do governo sobre o setor, inclusive em termos de aumentos de preços.

"Vimos isso como o lance de abertura para a reunião da saúde", disse Dan Pfeiffer, diretor de comunicações da Casa Branca. "Tomara que isso mova o processo adiante."

Mas a oposição republicana disse que se trata de uma versão requentada dos impopulares projetos de saúde aprovados no ano passado pela Câmara e o Senado.

"A cúpula desta semana claramente tem todas as marcas de um infomercial democrata para a continuidade de um rumo partidário que depende de mais acordos e truques de bastidores", disse o líder republicano na Câmara, John Boehner.

A Casa Branca disse, no entanto, que com o novo plano será mais fácil superar a objeção republicana se for necessário, num processo que exigiria apenas a maioria simples entre os 100 senadores, e não a maioria qualificada de 60 votos, usada para derrubar obstruções regimentais.

Pfeiffer disse que ainda não foi tomada a decisão de seguir esse procedimento parlamentar, mas que o presidente acha que "o povo merece uma votação do tipo sim ou não a respeito da reforma da saúde."

As ações dos planos de saúde superaram a hesitação inicial em relação ao plano. O índice do Morgan Stanley para o setor tinha alta de 1,4 por cento durante a manhã, puxado por um anúncio feito na sexta-feira sobre os índices de reembolso do programa público de saúde Medicare em 2011.

A nova proposta, baseada no projeto do Senado, custaria 950 bilhões de dólares ao governo ao longo de dez anos --o plano do Senado falava em 871 bilhões-- e reduziria o déficit do setor em cerca de 100 bilhões de dólares nesse período, segundo estimativas da Casa Branca.

O plano altera vários artigos aprovados no Senado, para tentar atrair o apoio de democratas hesitantes, mas não incorpora as ideias republicanas para limitar ações judiciais contra erros médicos, um ponto importante das propostas da oposição.

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