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Obama, Carter, Michelle e Clinton saúdam multidão em frente do Memorial Lincoln | Jason Reed/Reuters
Obama, Carter, Michelle e Clinton saúdam multidão em frente do Memorial Lincoln| Foto: Jason Reed/Reuters

O presidente norte-americano Barack Obama destacou ontem a justiça econômica e social em seu aguardado discurso pelas comemorações de 50 anos da "Marcha por Empregos e Liberdade" em Washington. O local foi o mesmo onde o pastor Martin Luther King fez seu discurso "Eu tenho um sonho", em 1963.

Em uma tarde chuvosa, acompanhado pelos ex-presidentes Bill Clinton e Jimmy Carter, e por toda a família de Luther King, Obama incluiu em seu discurso a luta de diversas minorias que não estavam entre os manifestantes de 1963. Ele disse que as comunidades pobres do país ainda sofrem de "violência perene" e saúde pública "inadequada".

"Para garantir as vitórias que este país teve é necessária vigilância contínua, não complacência", discursou, diante de estimadas 100 mil pessoas no Mall (o equivalente ao Eixo Monumental, avenida que concentra as sedes dos poderes em Brasília). "A mobilidade social se tornou mais dura", ressaltou o presidente.

"Nós podemos alimentar os famintos, abrigar os sem-teto e transformar os terrenos baldios de pobreza em campos de comércio e potencial", discursou Obama, lembrando que os desafios para os trabalhadores americanos mudaram muito pela "tecnologia e pela globalização" desde 1963.

Minorias

Ao falar de raça, Obama disse que o "sistema judicial criminal não pode ser simplesmente um canal ligando escolas com poucos recursos a cadeias lotadas". Sobre minorias, disse que a América mudou para "mulheres, nativos americanos, asiáticos, latinos. Católicos, judeus e muçulmanos. Para os gays". Ainda citou os "jovens da África do Sul que sofreram o apartheid" e parte da Europa que viu o Muro de Berlim ser derrubado.

Em um dos raros momentos do discurso que parecia mais dirigido aos políticos do que à multidão reunida diante do Memorial ao presidente Lincoln, o presidente afirmou que "a promessa deste país só será mantida quando trabalharmos juntos". Sobre a marcha de 1963, disse que os manifestantes fizeram da América "mais livre e mais justa". O discurso foi transmitido pelas principais redes americanas da tevê aberta e por vários canais pagos.

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