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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta terça-feira que nada impede a aprovação de uma reforma migratória "de bom senso" antes do término do verão (em setembro, no Hemisfério Norte), embora tenha alertado que os opositores da lei tratarão de "injetar medo" no debate.

"Não há razões para que o Congresso não possa fazer isto antes do fim do verão", afirmou Obama hoje, mesmo dia em que o debate sobre a lei começou a ser realizado no plenário do Senado.

"Minha administração fez o que pôde por nossa conta. O Congresso necessita atuar", assinalou Obama, quem acrescentou que o projeto de lei que em questão "não é perfeito", mas ajudará a corrigir o defasado sistema migratório do país.

"Não há nenhuma boa razão para entrar em jogos de procedimento ou recorrer ao obstrucionismo só para bloquear a melhor oportunidade que tivemos em anos para enfrentar este problema de uma forma justa às famílias de classe média, aos empresários e aos imigrantes legais", ressaltou.

O presidente americano considerou que o projeto de lei bipartidário "não é perfeito", mas é "um compromisso" entre as distintas posições. Segundo Obama, "de agora em adiante, ninguém vai conseguir tudo o que deseja neste debate; nem os republicanos e nem os democratas", assegurou.

"Nas próximas semanas, os senhores escutarão como alguns dos oponentes da reforma migratória tratam de injetar medo e criar divisões ao divulgar os mesmos velhos rumores e mentiras que escutamos outras vezes", completou Obama.

Quando essa situação começar a ficar exposta, Obama pediu para população lembrar do nigeriano Tolu Olubunmi e do argentino Diego Sanchez, dois jovens imigrantes ilegais, conhecidos como "Dreamers" no país, que compareceram hoje junto a ele na Casa Branca.

"Eles querem entrar na história americana", indicou Obama, que pediu que os cidadãos chamassem e escrevessem aos membros do Congresso para pressioná-los a "fazer o que é certo".

Por outro lado, Obama reconheceu que o processo marcado na legislação "não será rápido", já que deverá levar "pelo menos 13 anos até que a grande maioria destes indivíduos possa solicitar a cidadania".

"Mas, esta é a única maneira em que podemos nos assegurar que todos os que estão aqui estão respeitando as mesmas regras, pagando impostos e conseguindo seus próprios seguros de saúde", alegou Obama, que assinalou que não haverá uma "garantia" da cidadania, mas uma "oportunidade".

Em seu discurso, Obama também falou das vantagens econômicas da lei nos EUA, onde "um de cada quatro novos proprietários de pequenos negócios são imigrantes". "Constantemente nos nutrimos do talento de todo o mundo. Nenhum outro país pode igualar essa história", completou.

Além disso, o presidente americano lembrou que sua administração assumiu tem "abordado a segurança das fronteiras como uma prioridade", ao duplicar o número de agentes fronteiriços em comparação com 2004 e bater um recorde nas "deportações de criminosos".

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