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Guarda coloca placa de “fechado” no parque Yellowstone | Christopher Cauble/Reuters
Guarda coloca placa de “fechado” no parque Yellowstone| Foto: Christopher Cauble/Reuters

Ônus

Partido Republicano procura amenizar desgaste político

O presidente do Partido Republicano, Reince Priebus, pediu ontem que "patriotas levassem bandeiras americanas aos memoriais fechados pela intransigência do presidente Obama".

A ofensiva republicana acusa o governo de mandar fechar memoriais, como os dedicados aos mortos na Segunda Guerra Mundial ou ao ex-presidente Lincoln como "chantagem emocional" para aumentar o mal-estar popular com o fechamento do governo.

Os memoriais amanheceram isolados com grades ou faixas amarelas, colocadas pelo governo pela ausência do pessoal de serviços "não essenciais".

Poucas pessoas apareceram para o protesto – apenas um grupo de veteranos da Segunda Guerra empurrou o cercadinho que impedia o acesso.

Dezessete dos 232 deputados republicanos criticaram ontem abertamente a posição do partido, dizendo que o fechamento do governo foi longe demais.

Uma das vozes mais ouvidas do partido, o deputado Mark Meadows, da Carolina do Norte (e um dos heróis do movimento ultraconservador Tea Party), afirmou ontem à CNN que "nunca quisemos fechar o governo, nosso objetivo era acabar com o Obamacare [lei de saúde]".

Das agências

  • Em editorial, o Times batizou a paralisação com o sobrenome do republicano John Boehner, o presidente da Câmara

Em reuniões com líderes do Congresso americano e com os principais banqueiros de Wall Street, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse que não vai negociar a redução de seu plano universal de saúde até o Congresso aprovar o Orçamento.

Sem a aprovação, o governo, oficialmente "fechado", mandou para casa mais de 800 mil funcionários públicos federais, em licenças não remuneradas, e fechou parques nacionais, monumentos, escritórios do governo e sites de agências federais.

Depois de criticar a intransigência do Congresso, Obama chamou ontem os líderes republicanos e democratas da Câmara e do Senado para dialogar na Casa Branca. Após 90 minutos de conversa, não houve nenhum progresso.

"Ele disse que não vai negociar", afirmou o presidente da Câmara, o republicano John Boehner, criticado por analistas e por parte da imprensa americana por agir de má-fé ao longo do processo que levou à paralisação, retardando qualquer diálogo. O New York Times batizou a paralisação com o sobrenome de Boehner.

No encontro com alguns dos principais nomes do mercado financeiro, como os presidentes do JP Morgan, Goldman Sachs e Bank of America, Obama reforçou o risco de um calote, caso o Congresso não autorize a elevação do teto do endividamento.

Sobre o encontro com os banqueiros, Obama disse em uma entrevista exclusiva à rede CNBC que "é importante para eles reconhecer que [o limite ao endividamento] terá um profundo impacto na nossa economia".

Na mesma entrevista na tevê, Obama disse que não negociará com a "ala extremista" de um partido. "A mensagem que tenho para os líderes no Congresso é que não negociaremos até que uma peça legislativa reabra o governo e até que o Congresso permita o Departamento do Tesouro pagar pelas coisas que o próprio Congresso já aprovou", ameaçou.

Ainda como reação ao fechamento, Obama reprogramou parte de uma viagem pela Ásia, que faria a partir do próximo sábado. Ele irá a duas cúpulas, em Bali e no Brunei, mas adiou visitas às Filipinas e à Malásia.

No próximo dia 17, o governo americano atinge o limite legal para continuar a tomar empréstimos para cumprir suas obrigações da dívida.

800 mil funcionários públicos federais foram dispensados na paralisação. O governo fechou parques nacionais, monumentos, escritórios e sites de agências federais.

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