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O presidente americano Barack Obama e o presidente chinês Xi Jinping conversam no jardim do Rancho Mirage, na Califórnia, durante encontro informal dos dos líderes mundiais | REUTERS / Kevin Lamarque
O presidente americano Barack Obama e o presidente chinês Xi Jinping conversam no jardim do Rancho Mirage, na Califórnia, durante encontro informal dos dos líderes mundiais| Foto: REUTERS / Kevin Lamarque

Os presidentes norte-americano Barack Obama e o chinês, Xi Jinping, iniciaram imediatamente discussões de assuntos espinhosos durante uma reunião informal neste sábado (8), e podem voltar a analisar os assuntos de forma mais aprofundada no novo encontro. A reunião de dois dias em um retiro próximo a Palm Springs, na Califórnia, é vista como uma oportunidade para Obama e Xi se conhecerem, disseram autoridades de ambos países, e injetar um pouco de calor em um relacionamento muitas vezes frio, ao mesmo tempo que prepara o terreno para uma melhor cooperação.

Após mais de duas horas de discussões, Xi e Obama concordaram que precisam trabalhar juntos para lidar com questões de segurança cibernética, um assunto especialmente delicado em meio a intensificações das acusações norte-americanas de cyberpirataria por parte dos chineses. Eles também discutiram sobre a importância de uma melhora nos laços militares entre os países, uma área prejudicada no passado por conta de desconfianças e falhas de comunicação.

"Nós estaremos mais próximos de atingir nossos objetivos de prosperidade e segurança para nossos povos se trabalharmos cooperativamente ao invés de entrarmos em conflito", disse Obama a repórteres. Os laços entre Pequim e Washington têm se desgastado nos últimos meses por conta de tensões em relação a disputas comerciais, pela Coreia do Norte, direitos humanos e por conta das intenções militares de cada país.

Os EUA dizem que os hackers chineses acessaram segredos militares norte-americano, uma acusação negada pela China, enquanto a própria Casa Branca enfrenta questionamentos domésticos sobre sua própria vigilância de emails e registros telefônicos.

Obama também disse que os dois países precisam chegar a um equilíbrio em relação à competição e cooperação, a fim de superar os desafios que os dividem, e Xi insistiu por uma relação que leve em consideração a ascensão chinesa.

É esperado que o presidente chinês expresse desconforto sobre o eixo estratégico de Washington em relação à Ásia, um remanejamento militar das forças dos EUA para o Pacífico, uma medida vista por Pequim como um esforço para impedir sua expansão econômica e política.

Informalidade

Obama e Xi devem manter um total de mais de 5 horas de conversas no retiro, que já abrigou vários presidentes norte-americanos. Sem gravatas e passeando pelos arredores do complexo, os dois líderes conversaram acompanhados do secretário de Estado, John Kerry, e assessores como Tom Donilon, conselheiro de segurança nacional da Casa Branca e o vice-chefe de gabinete, Rob Nabors.

O segundo dia da cúpula servirá para que Obama e Xi Jinping, que se tornou formalmente presidente da China em março passado, possam tratar com profundidade temas de interesse mútuo como assuntos comerciais, de defesa ou os relacionados ao desenvolvimento tecnológico e à propriedade intelectual.

Após passear acompanhados de tradutores, Obama e Xi estabeleceram tratar em particular de outros assuntos como as tensões territoriais na região do Pacífico oriental, a situação da Coreia do Norte e a guerra na Síria.

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