O presidente Barack Obama conversou com uma audiência online na quinta-feira, respondendo a questões sobre assuntos cruciais como aviões não tripulados e violência armada, ao mesmo tempo em que refletiu sua juventude no Havaí.

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Participando de um "hangout" do Google Plus, Obama garantiu que os drones, aviões não tripulado usado para caçar terroristas, nunca foram usados contra nenhum cidadão dos EUA em solo norte-americano.

"As regras de fora dos Estados Unidos são diferentes do que as regras dentro dos Estados Unidos, em parte porque a nossa capacidade de, por exemplo, capturar terroristas nos Estados Unidos é muito diferente do que no sopé de montanhas ou nas montanhas do Afeganistão ou Paquistão", disse Obama em alguns de seus comentários mais extensos sobre o assunto.

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Em 2011, ataques aéreos no Iêmen mataram três americanos: o clérigo Anwar al-Awlaki, nascido nos EUA, seu filho de 16 anos e o propagandista da Al-Qaeda, Samir Khan.

Obama disse que o Congresso supervisiona programas de luta contra o terrorismo, mas afirmou que ele e o Congresso precisam encontrar um mecanismo "para se certificar de que o público entende o que está acontecendo, quais são as restrições, quais são os parâmetros legais".

A resposta de Obama ocorre após o governo dar um grande passo em direção a permitir que os drones sejam usados sobre o céu dos EUA. A Administração Federal da Aviação (FAA, na sigla em inglês) solicitou propostas para criar seis locais de teste para aviões não tripulados em todo o país. A agência também divulgou um projeto destinado a garantir a privacidade contra a aeronave.

Obama também defendeu suas propostas para proibir certas armas de fogo e pentes de munição, além de expandir a verificação de antecedentes sobre compradores de armas. "Nós já temos algumas restrições", disse o presidente. "Nós não podemos comprar um lançador de granada em uma loja, embora possa haver algumas pessoas que queiram comprar isso. E a razão para pensarmos isso é que (...) a segunda emenda não assume automaticamente que qualquer arma que está disponível pode ser automaticamente comprada".

Obama criticou senadores republicanos por adiarem a confirmação do ex-senador Chuck Hagel como secretário de Defesa. O Senado apresentou um número menor que os 60 votos necessários para superar o obstáculo processual.

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"É lamentável que este tipo de política se intrometa em um momento em que eu ainda presido uma guerra no Afeganistão e preciso de um secretário de Defesa que coordene com nossos aliados como se certificar que nossas tropas estão recebendo o tipo de estratégia e missão que eles merecem", disse Obama.

Perguntado por que o governo não acabou com a moeda de um centavo de dólar, Obama disse que não sabia, mas suspeitava que há uma ligação emocional com a moeda. "Nós nos lembramos dos nossos porquinhos e contando todas as nossas moedas de um centavo, e então entrega-las para obter uma nota de um dólar ou uns dois de dólares", disse ele.

"Uma das coisas que você vê cronicamente no governo é que é muito difícil de se livrar de coisas que não funcionam para poder, então, investir nas coisas que funcionam. A moeda de um centavo acaba sendo uma espécie de metáfora para os problemas maiores que temos".

Convidado a refletir sobre como a criação no Havaí o influenciou Obama declarou que as ilhas são uma mistura de pessoas que expõem culturas diferentes e que seu clima é propício para uma boa saúde. "O clima é agradável o tempo todo", disse ele. As informações são da Associated Press.