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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, negou na quarta-feira que haja divisões entre os membros do G20 e pediu a eles união na cúpula desta semana para encontrar a saída mais rápida para a recessão global.

De acordo com ele, uma ação eficaz do grupo de países desenvolvidos e emergentes representará a diferença entre uma recuperação rápida ou "uma crise que se desdobra lentamente".

"Sei que as nações do G20 estão buscando suas próprias abordagens", disse Obama a jornalistas em Londres, destino da sua primeira viagem importante ao exterior. "Não vamos concordar em todos os pontos. Venho aqui apresentar ideias, mas também para ouvir, não para dar sermões. Tendo dito isto, não devemos perder a oportunidade e liderar, de confrontar uma crise que não conhece fronteiras."

Obama está sob pressão para mostrar que o país onde a crise global começou poderá também indicar o caminho para sair dela. "Estou absolutamente confiante de que esta reunião irá refletir o enorme consenso a respeito da necessidade de trabalhar em conjunto para lidar com esses problemas", afirmou o presidente em entrevista coletiva ao lado do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown.

Ele acrescentou que a duração da crise dependerá da eficácia das medidas a serem tomadas pelos governos nos próximos meses em várias frentes: regulamentação financeira, ajuda a bancos que tenham ativos podres, controle dos fluxos de capitais a partir dos mercados emergentes, blindagem dos países mais pobres e reforma das instituições financeiras internacionais.

"Todas essas coisas ajudarão a determinar se isso acaba sendo uma crise que rola lentamente, que leva muito mais tempo para ser curada, ou se começamos a ver uma recuperação significativa", disse ele. "Não acho que haja nenhuma dúvida de que 2009 será difícil."

Obama falou horas depois do presidente da França, Nicolas Sarkozy, dizer que nem a França, nem a Alemanha estão satisfeitas com as propostas sobre a mesa e declarar que rejeitará "falsos compromissos" assumidos na cúpula de quinta-feira.

Os EUA, que estão implementando um pacote de estímulo econômico de 787 bilhões de dólares (5,5 por cento do PIB) em 2009-10, pressionam outros governos a também injetarem dinheiro nas suas economias.

Mas França e Alemanha dizem temer que isso distraia as atenções da necessidade de regulamentar e conter os excessos dos mercados financeiros.

Obama disse que as diferenças entre os vários países foram "vastamente exageradas" e que há uma "completa concordância" de que as economias emergentes precisam de mais recursos para superar a tempestade.

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