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Em discurso, o presidente Barack Obama também lembrou que as dificuldades econômicas permanecem na sociedade americana | Jason Reed / Reuters
Em discurso, o presidente Barack Obama também lembrou que as dificuldades econômicas permanecem na sociedade americana| Foto: Jason Reed / Reuters

Milhares de manifestantes se reuniram em Washington nesta quarta-feira (28) para comemorar o histórico discurso de Martin Luther King ("I have a dream", "Eu tenho um sonho", em português), há exatamente de 50 anos. Em um pronunciamento nas escadas do Memorial Abraham Lincoln - o mesmo local usado pelo ativista em 1963 - o primeiro presidente negro dos EUA, Barack Obama, lembrou das dificuldades que os manifestantes enfrentaram na luta pelas liberdades civis e destacou que parte das conquistas foi alcançada, mas que há que o sonho ainda não se realizou completamente.

"Aquelas pessoas foram para a cadeia por protestar contra leis injustas. E suas celas se encheram com os cantos de liberdade", disse. "Elas marcharam pela oportunidade de educação. Elas marcharam para mudar as leis. Foi por causa daquela marcha que os EUA se tornaram um lugar melhor não só para os negros, mas para os latinos, para asiáticos, para as mulheres. Porque eles marcharam os EUA mudaram e a Casa Branca mudou", acrescentou.

Obama reforçou a dificuldade da luta pela igualdade racial nos EUA e lembrou que ainda há episódios de intolerância. "Diante da violência, eles se sentaram e resistiram com a força moral da não violência. A liberdade não é dada. Ela é conquistada, pela força, persistência, disciplina e fé. E nós ganhamos essas batalhas", afirmou. "Mas rejeitar o valor dos que marcharam é uma desonra aos que pagaram com sua vida. Martin Luther King não morreu em vão".

O presidente também lembrou que as dificuldades econômicas permanecem na sociedade americana, fazendo uma alusão aos índices de desemprego que afetam os jovens no país hoje. "A igualdade econômica permanece como nossa grande questão inacabada. Cada vez mais pessoas têm dificuldades", defendeu. "E essa tarefa não será fácil. Eu sei que será um caminho longo, mas nós podemos chegar lá. Tropeçaremos, mas sei que levantaremos", concluiu, ao som de fortes aplausos.

Vestidos com camisetas com o rosto do ativista, os manifestantes começaram a sua caminhada perto do Capitólio dos EUA. Dentre os cartazes, lia-se "Parem com o novo Jim Crow" e "Todo texano merece votar". Celebridades, ativistas e políticos fizeram discursos em homenagem ao dia.

"Aquela marcha e aquele discurso mudaram os Estados Unidos. Foi um momento poderoso. O movimento abriu portas para a liberdade", disse Bill Clinton.

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