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déficit público

Obama pressiona para elevar impostos aos ricos

Presidente americano cita suas filhas, que “não deixam tudo para última hora” ao fazer lição de casa, para cobrar agilidade do Congresso

Obama disse que os democratas devem aceitar reduções de gastos e os republicanos, aumentos dos impostos para os mais ricos | Jim Watson/AFP
Obama disse que os democratas devem aceitar reduções de gastos e os republicanos, aumentos dos impostos para os mais ricos (Foto: Jim Watson/AFP)

Washington - O presidente dos EUA, Barack Obama, usou sua primeira entrevista coletiva em três meses para chamar a atenção do Congresso – sobretudo da oposição – e en­­fatizar a necessidade de conter gas­­tos e de acabar com o alívio fiscal para "milionários e bilionários".

O esforço retórico ganhou ar pa­­ternal quando o presidente usou as filhas como argumento.

"Malia e Sasha sempre terminam sua lição de casa um dia an­­tes. Não deixam tudo para a última hora. E elas têm 13 e 10 anos. Fala sério, não é tão difícil", disse, aludindo ao Legislativo.

O governo americano precisa que o Congresso aprove até o início de agosto a elevação do teto da dívida federal, hoje em US$ 14,3 trilhões, sob pena de não ter mais autorização para gastar nada.

Isso inclui deixar de pagar os juros já correntes – os americanos têm a maior dívida externa do mundo –, com um possível efeito dominó sobre mercados já assombrados pela crise europeia.

Paralelamente, Obama propôs cortes drásticos no Orçamento e é criticado por não fazer mais. Nes­­se front, ele exortou os líderes no Congresso a agir rápido e destravar as negociações.

"Não chegaremos ao corte de US$ 4 trilhões de que precisamos se só mexermos nos 12% do Orçamento dedicados a educação e inspeção alimentar", afirmou, citando as propostas recorrentes da oposição republicana.

Ele também defendeu cortar o Orçamento da assistência médica federal aos mais carentes, "mas por meio de enxugamento de custos, e não cobrando mais dos cidadãos mais velhos". O Medicare é o alvo-mor dos pré-candidatos republicanos à eleição presidencial de 2012.

"Vacas"

Ainda ontem, Obama fez um apelo a seus aliados democratas e aos adversários republicanos a sacrificarem as "vacas sagradas", para chegar a um acordo de redução do déficit fiscal dos EUA, a fim de evitar um default, de consequências "imprevisíveis".

Em entrevista à imprensa, o presidente americano disse que seu partido deve aceitar reduções de gastos e os republicanos, au­­mentos dos impostos para os mais ricos.

"As reduções de impostos que estou propondo eliminar são as isenções para os milionários e bilionários, para as companhias de petróleo e administradoras de fundos especulativos e para em­­presas corporativas", declarou Obama no East Room, da Casa Branca.

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