Barack Obama manifestou preocupação sem mencionar um cessar-fogo "durável, sustentável e sem limite de tempo"| Foto: Jason Reed / Reuters

O presidente eleito dos EUA, Barack Obama, rompeu nesta terça-feira (6) o silêncio sobre a guerra em Gaza, manifestando profunda preocupação com a morte de civis em ambos os lados e prometendo um esforço pela paz depois de tomar posse.

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Falando depois de mísseis de Israel matarem pelo menos 40 refugiados palestinos dentro de uma escola da ONU, Obama disse que "a perda de vidas civis em Gaza e em Israel é fonte de profunda preocupação para mim".

Acrescentou, porém, que manteria seu princípio de que por enquanto o presidente ainda é George W. Bush, e que ele terá muito mais a dizer a partir do dia 20, quando inicia seu mandato.

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Ele manifestou preocupação com o conflito, mas sem mencionar um cessar-fogo "durável, sustentável e sem limite de tempo", como propõe o governo Bush.

Nos últimos dias, Obama vinha sendo questionado por alguns analistas por seu silencio a respeito do conflito em Gaza. Críticos acusaram-no, por um lado, de ser conivente com a ação militar de Israel, e por outro de não apoiar o Estado judeu em seu esforço para impedir militantes islâmicos de lançarem foguetes contra o seu território.

Falando a jornalistas, Obama prometeu empenhar-se em resolver o conflito, algo que vários presidentes dos EUA tentaram sem sucesso.

"Depois de 20 de janeiro, terei muito a dizer sobre a questão, e não estou de maneira nenhuma recuando daquilo que eu disse durante a campanha, que a partir do começo do nosso governo vamos nos envolver efetiva e consistentemente em tentar resolver o conflito do Oriente Médio", disse ele. "Isso é algo com o que estou comprometido."

Até então, segundo ele, sua tarefa é monitorar a situação, e seus assessores o mantêm constantemente informado.

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