A Organização dos Estados Americanos (OEA) retomou nesta sexta-feira (7) suas deliberações oficiais com um atraso de quase três horas, com o objetivo de conciliar as divergências que na véspera impediram um acordo sobre uma declaração política ou a convocação dos ministros das Relações Exteriores para discutir a situação na Venezuela. Antes disso, delegações dos países do continente já haviam começado a se reunir de forma informal para destravar a negociação. Quinta-feira (6), o Conselho Permanente da OEA havia feito uma reunião de pelo menos oito horas.
O embaixador uruguaio Milton Romani disse nesta sexta (7) que as reuniões informais buscam conciliar um texto proposto pela Bolívia que sugere o diálogo entre o governo e a oposição venezuelana e lamenta as 21 mortes ocorridas durante as quatro semanas de protestos, com uma emenda peruana para que o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, acompanhe o diálogo na Venezuela e sugira medidas adequadas ao conselho. Romani descreveu como "aceitável" o texto boliviano porque é "solidário com o governo democraticamente eleito da Venezuela, reconhece o direito à liberdade de expressão pacífica e lamenta todas as mortes".
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