• Carregando...
Soldado caminha em frente de muro em Tegucigalpa com pichação contra Roberto Micheletti, presidente nomeado pelo Congresso após o golpe: aumentam as retaliações internacionais | Orlando Sierra/AFP
Soldado caminha em frente de muro em Tegucigalpa com pichação contra Roberto Micheletti, presidente nomeado pelo Congresso após o golpe: aumentam as retaliações internacionais| Foto: Orlando Sierra/AFP

"Roubaram e continuam roubando"

"Quem mais conhece a verdadeira realidade de um país como o nosso é quem mora aqui. Com plenos direitos posso afirmar que o presidente Zelaya procurou fazer algo pelo povo. Leia a opinião completa de Odin Javier Guillén Lizardo, jornalista formado pela UFPR e professor na Faculdade de Comunicação da Universidade Autônoma de Honduras, em Tegucigalpa

Lula pede à África que condene golpe

O presidente Lula fez ontem na cidade líbia de Sirte um apelo aos membros da União Africana para que incluam na declaração final de sua reunião de cúpula um "repúdio’’ ao golpe de Estado que derrubou o presidente de Honduras, Manuel Zelaya.

Leia a matéria completa

Postura de Obama é arma contra o dedo de Chávez

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, aproveitou o golpe em Honduras durante o último fim de semana para mostrar que já possuía algumas cartas na manga. Chávez declarou que as mãos de Washington deram o empurrão final em Manuel Zelaya, presidente hondurenho deposto. De acordo com o presidente da Venezuela, os EUA financiaram os oponentes do governo de Honduras e a CIA pode ter orquestrado uma campanha de desinformação, dando o apoio que os opositores necessitavam.

Leia a matéria completa

  • Veja que o mundo pressiona governo a devolver o poder para Zelaya

Nova Iorque - A Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) deu um ultimato para que o governo interino de Honduras devolva a Presidência a Manuel Zelaya, deposto do cargo acusado de tentar modificar a Constituição. Em nota, o secretário-geral do órgão, José Miguel Insulza, afirmou que o país tem 72 horas para restituir o presidente.

Insulza disse que a organização elabora uma resolução que prevê a suspensão de Honduras da entidade caso o governo interino não restaure a ordem democrática. Para ele, o país sofreu um golpe militar. "O prazo de 72 horas será completado no sábado’’, afirmou.

Na terça-feira a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução pedindo a volta de Manuel Zelaya ao país. O presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, diz que não houve golpe e o momento é de ordem e tranquilidade. Ele afirmou que o presidente deposto será preso se entrar no país.

Zelaya foi tirado do poder por militares ao tentar organizar uma consulta popular para emendar a Constituição e abrir a porta a uma eventual reeleição, em um referendo considerado ilegal pela Suprema Corte e até por membros de seus partidos. A reeleição é proibida pela Constituição hondurenha – que não permite nem mesmo reformas constitucionais sobre o tema.

Zelaya havia programado para hoje o retorno ao país, mas adiou a viagem após a decisão da OEA. "Devido ao fato de a OEA ter dado um prazo de 72 horas, eu aguardarei o mesmo tempo para dar continuidade ao processo", disse Zelaya, em Washington, por intermédio de um intérprete.

Isolamento

Enquanto isso, milhares de manifestantes protestaram em Tegucigalpa pedindo a volta do presidente, ao mesmo tempo que aumenta o isolamento internacional do governo hondurenho, não reconhecido por nenhum país.

Os governos da França, Espanha, Itália, Chile e Colômbia se juntaram a outras nações e ontem chamaram de volta seus embaixadores em Honduras.

Também ontem, o Departamento de Defesa (Pentágono) dos Estados Unidos anunciou a suspensão de todas as atividades militares com Honduras até segunda ordem.

"Nós adiamos agora todas as atividades com Honduras enquanto analisamos a situação", disse Bryan Whitman, porta-voz do Pentágono. Ele esclareceu que a decisão abrange somente as relações militares.

O Banco Mundial decidiu congelar seus empréstimos a Honduras e anunciou que acompanhará de perto as decisões da OEA sobre a questão. O porta-voz da instituição, Sergio Jellinek, que o Bird atualmente financia 16 projetos hondurenhos, para um total de US$ 400 milhões. Deste total, US$ 270 milhões ainda não foram repassados.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]