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Os Estados Unidos pressionaram os líderes israelense e palestino a encontrar pontos de concordância em questões chaves dentro de quatro meses, a tempo para a conferência sobre a criação do Estado palestino, afirmaram autoridades no sábado.

Nabil Amr, assessor de Abbas, confirmou que o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas, vão se encontrar segunda-feira na cidade de Jericó, na Cisjordânia. Será a primeira reunião bilateral na Cisjordânia ocupada.

Amr disse que os líderes estarão prontos a um debate "político", incluindo questões finais sobre a criação de um Estado palestino, entre elas, as fronteiras.

A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, disse no início da semana que Olmert tinha concordado em iniciar as negociações de temas "fundamentais" com Abbas.

Mas autoridades norte-americanas não dizem se os dois líderes discutirão os pontos mais polêmicos, como as fronteiras, o futuro de Jerusalém e o direito de retorno aos refugiados palestinos.

O gabinete de Olmert não deu informações sobre o que será discutido na segunda-feira.

Olmert descartou os pedidos árabes para a determinação de um cronograma específico de negociações finais sobre o Estado palestino.

Mas, como um passo intermediário, Olmert e Abbas tentarão chegar a um conjunto de "princípios" comuns em alguns temas-chave antes da conferência internacional a ser realizada em novembro, afirmaram diplomatas ocidentais e autoridades israelenses.

Saeb Erekat, assessor de Abbas, disse que Rice estava falando "sério" sobre o início das negociações de pontos chave.

"Ninguém pode falar sobre temas 'fundamentais' sem resolver os problemas das fronteiras, dos assentamentos, de Jerusalém e dos refugiados, porque esses são os temas fundamentais para o estabelecimento de um Estado palestino", disse Erekat.

Segundo autoridades ocidentais, os dois países vão criar grupos de trabalho para tratar de pontos polêmicos específicos, como os assentamentos judaicos.

Não ficou claro como Abbas pode fazer qualquer acordo quando um terço da provável população do Estado palestino está sob controle do Hamas na Faixa de Gaza.

Não está claro se Olmert, cuja popularidade despencou após a inconclusiva guerra no Líbano no ano passado, tem poder político para fazer grandes concessões.

Zakaria al-Qaq da Universidade al-Quds diz que os esforços não passam de "relações públicas para líderes fracos".

"Não acho que isso vá produzir qualquer resultado tangível", disse ele.Assine O Globo e receba todo o conteúdo do jornal na sua casa

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