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imunidade covid-19
Paciente recuperada da Covid-19 doa plasma a um hospital em Dulles, nos EUA;| Foto: Alex Edelman / AFP

Após fazer um alerta a respeito do uso de "passaportes de imunidade" contra a pandemia da Covid-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou, em sua conta oficial no Twitter, esclarecimentos sobre o texto que trata do assunto. Nas novas postagens, a OMS afirma que é esperado que a "maioria das pessoas infectadas pela Covid-19" desenvolva anticorpos que deem algum tipo de proteção contra a doença.

"O que ainda não sabemos é qual o nível de proteção ou por quanto tempo ele durará", escreveu a conta oficial do órgão na noite de sábado (25). Os esclarecimentos foram feitos, de acordo com a agência, após o documento original ter causado "alguma preocupação".

No texto "'Passaportes imunológicos' no contexto da covid-19", publicado em seu site, a OMS afirmava que há evidências de que pessoas recuperadas da doença estariam protegidas de uma segunda infecção. O órgão publicou as informações após alguns países adotarem os "passaportes" para reduzir medidas de distanciamento social. O texto não sofreu alterações.

Outro ponto que a OMS havia destacado é o de que dado o período de incubação da doença no organismo - entre uma e duas semanas - pessoas infectadas pelo novo coronavírus poderiam criar anticorpos mesmo com o vírus ainda presente na corrente sanguínea, o que reduziria a precisão desse tipo de medição.

Nas novas postagens no Twitter, a OMS ressalta que até o momento nenhum estudo deu respostas a questões sobre a reação do organismo ao vírus, e que o documento será atualizado quando novas evidências científicas estiverem disponíveis. A Organização também apagou de sua conta na rede social os tuítes originais sobre o documento, mantendo apenas uma imagem das postagens excluídas.

A OMS coordena, por exemplo, o esforço de várias organizações privadas e estatais, de diferentes países, no desenvolvimento de uma vacina contra o novo coronavírus. Porém, a entidade internacional está sendo amplamente criticada por ter demorado em declarar uma pandemia, por ter depositado imensa confiança nos dados apresentados pelas autoridades chinesas e por ter, em diversas ocasiões, elogiado a transparência do governo chinês em meio à pandemia. O presidente dos EUA, Donald Trump, e outros líderes na Europa e Ásia afirmaram que esse comportamento da OMS pode ter prejudicado a resposta dos demais países.

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