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Pelo menos 35 pessoas morreram este domingo no Iraque. Vinte e cindo delas nos atentados em Kirkuk, apesar de 1.700 ONG's de todo o país terem se comprometido a apoiar o plano de reconciliação nacional em um comunicado emitido depois de dois dias de conferências realizadas em Bagdá.

Só na cidade petrolífera de Kirkuk, cinco atentados com carros-bombas, quatro deles conduzidos por suicidas, deixaram 25 mortos e 90 feridos, segundo o oficial da polícia, Burhan Taha.

O primeiro atentado aconteceu por volta de 9h50 (hora local) depois que um suicida dirigindo um carro-bomba atingiu um prédio da polícia que abriga a seção criminal e de informação, e fica próximo às sedes dos principais partidos curdos.

As sedes perto da polícia fazem parte do partido da União Patriótica Curda (UPK), liderado pelo presidente iraquiano, Yalal Talabani, e do Partido Democrático do Curdistão, encabeçado por Masud Barzani.

No segundo atentado, um suicida conduziu um microônibus contra o escritório de uma organização de direitos humanos. O terceiro carro-bomba explodiu em Bagdá perto de uma mesquita. A informação anterior era de que o atentado teria ocorrido perto de outra sede política.

As explosões de outros veículos carregados de bombas - um deles em Kirkuk, outro perto de uma patrulha americana e outro junto a um carro da polícia iraquiana - causaram a morte de três policiais e feriram três soldados americanos.

Outras dez pessoas, entre elas quatro policiais, morreram e 23 ficaram feridas em numerosos atentados e ataques lançados por desconhecidos no norte e oeste do país, informaram fontes do Ministério do Interior.

Segundo as mesmas fontes, um total de 24 cadáveres foram encontrados entre a noite de sábado e a tarde deste domingo em diferentes partes de Bagdá, o que eleva a 209 o número de corpos encontrados nos últimos quatro dias na capital iraquiana. Grande parte deles com sinais de tortura.

A violência continua apesar das intenções de tornar efetivo o plano de reconciliação nacional proposto pelo primeiro-ministro Nur al Maliki em junho. Em um comunicado deste domingo, 1.700 organizações civis e não-governamentais reafirmaram compromisso com a unidade do Iraque e criticou todas as formas de violência e terror que atingem o país.

"Nós, organizações civis, sindicatos, uniões e participantes da conferência para organização da sociedade civil para a reconciliação e o diálogo nacional confirmamos nossa determinação em manter a unidade do Iraque, sua soberania, segurança e estabilidade", dizia o comunicado.

As organizações têm convocado os iraquianos "a participarem e cooperarem entre eles com a determinação de banir toda forma de radicalismo, violência e terrorismo".

A conferência, que durou dois dias, é a segunda realizada no Iraque como apoio à reconciliação, desde que o primeiro-ministro Nuri al Maliki anunciara sua proposta em junho passado pedindo ajuda a todos os grupos políticos, religiosos e étnicos do país.

Em agosto, cerca de 500 líderes tribais e dirigentes religiosos, em sua maioria da província de Al Anbar, onde se concentra a insurgência sunita, se reuniram em Bagdá para estudar como reduzir a violência e atuar pela unidade nacional.

Nas próximas semanas é prevista uma reunião com o mesmo objetivo reunindo representantes sunitas e chiitas e de outras religiões do país, além de dirigentes de vários grupos políticos em duas novas conferências com o objetivo de conter a violência no país.

Apesar do plano de reconciliação e da aplicação de uma plano especial de segurança e da lei de emergência, a onda de violência separatista que atingiu o Iraque desde 22 de fevereiro no Iraque, depois de um atentado contra um mausoléu chiita em Samarra, continua deixando rastro de morte e discórdia no país.

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