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Xi Jinping
Xi Jinping, ditador da China, fala na abertura da 70ª sessão da Assembleia Geral da ONU, 28 de setembro de 2015| Foto: Bigstock/palinchak

A diplomacia chinesa está aumentando seus esforços para influenciar os órgãos de direitos humanos das Nações Unidas encarregados de garantir o cumprimento das convenções internacionais, como o Comitê contra a Tortura, segundo denunciou nesta quarta-feira o Serviço Internacional para os Direitos Humanos (ISHR, na sigla em inglês).

Segundo um relatório publicado por esta ONG, diplomatas e funcionários chineses de alto escalão tentam "perturbar, limitar e reduzir" o trabalho destes órgãos, que incluem também os comitês das Nações Unidas contra a discriminação contra as mulheres e contra o racismo.

Entre as práticas utilizadas pela China, o relatório cita tentativas de reduzir o papel de ONGs independentes nesses comitês, em favor de outras que aparentam ser independentes, mas na verdade estão alinhadas com a ditadura chinesa ou outros de seus aliados.

O documento também denuncia tentativas de intimidação de defensores de direitos humanos que colaboram com o Comitê contra a Tortura, ou obstáculos na forma de procedimentos rígidos contra o Comitê contra o Racismo quando este tentou investigar a repressão em minas de regiões chinesas como Tibete e Xinjiang.

O ISHR conclui seu relatório conclamando os Estados-membros da ONU a garantir eleições transparentes dos especialistas que compõem esses comitês (geralmente advogados especializados em direitos humanos) e esforços dentro dos próprios órgãos para manter sua independência de pressões externas.

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