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A situação humanitária na Síria é crítica e é urgente dar assistência às vítimas da violência armada, afirmou nesta segunda-feira a presidente do Conselho de Direitos Humanos (CDH) da ONU, Laura Dupuy Lasserre.

"Esperamos uma resposta positiva das autoridades (sírias) para que se possa assistir a todas as pessoas afetadas", declarou a presidente ao inaugurar a primeira sessão do ano do CDH, em referência às negociações para resgatar os feridos nas áreas mais castigadas pelos ataques das forças de segurança.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e a Sociedade do Crescente Vermelho da Síria negociam com os atores armados no país a entrada de seu pessoal para fornecer ajuda essencial aos moradores das áreas bloqueadas pelas forças de segurança, auxiliar os feridos e retirar corpos; mas, após ter obtido garantias no sábado durante duas horas, ontem não puderam entrar nas regiões sob ataque.

Como representante do país anfitrião, o ministro de Relações Exteriores da Suíça, Didier Burkhalter, formulou uma severa condenação à violação dos direitos humanos da população civil e pediu que o governo de Bashar al Assad colabore com a missão de investigação do CDH, cuja tarefa é estabelecer fatos e responsabilidades.

Burkhalter solicitou também que "se permita que os agentes humanitários possam chegar aos locais afetados e trabalhar sem dificuldades para reduzir o sofrimento".

No entanto, ressaltou que não haverá uma solução à crise na Síria que não passe por um diálogo que inclua todas as partes e, para isso, ofereceu a colaboração de seu país.

Justamente, o CDH dedicará a primeira parte de sua reunião de amanhã para debater exclusivamente a situação na Síria.

A esse respeito, Laura Dupuy Lasserre assinalou que espera que "este debate transmita uma mensagem forte e unânime da comunidade internacional de condenação à violência e à repressão pela força da dissidência e da população civil".

Em sua declaração, a presidente do CDH lembrou que o ponto de origem dos 11 meses de violência armada na Síria esteve em "exigências populares legítimas por maior democratização e respeito dos direitos humanos".

A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, também comemorou a realização da sessão especial sobre a Síria.

Sobre o funcionamento do CDH, Pillay se referiu à necessidade de melhorar seu mecanismo de acompanhamento, de modo que, quando adote decisões e peça a um Estado que atue concretamente para resolver uma situação de abuso, possa assegurar-se que o país em questão cumpra o que foi pedido.

Neste novo período de sessões do CDH, que se prolongará até o próximo dia 23 de março, participam 90 ministros de todo o mundo que se dirigirão ao plenário durante os três primeiros dias de reuniões.

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